13 de julho de 2017

Pão de banana verde

Já andava desolada porque nenhum pão apropriado para consumir em protocolo me corria bem, e já
perdi a conta à quantidade de farinhas que deitei fora. Por outro lado, as receitas que encontro (maioritariamente estrangeiras) nunca me correm bem, mas esta andava de lado precisamente por causa dos ingredientes. Mas há dias encontrei a banana verde e o cremor de tártaro, e já não havia desculpas. E mesmo com as piadinhas da filha que tem acompanhado os fracassos consecutivos em fazer pão, ficou surpreendida pelos resultados.

Então é assim:

INGREDIENTES:

1 banana verde (plantain) (depois de descascada e cortada dá cerca de 3/4 de chávena)


1, 5 chávena de polvilho doce
2 colheres de sopa de farinha de coco
1/2 colher de café de bicarbonato de sódio
1/2 colher de café de levedura de cremor de tártaro


1/2 colher de café de sal marinho
1 chávena de leite de coco (usei caseiro - receita aqui)
2 colheres de sopa de azeite
Opção - juntar alho triturado a gosto (não o fiz)

PREPARAÇÃO:

Liguei o forno a 200º.
Descasquei a banana com uma faca afiada. É preciso cortar de um lado e do outro e retirar a casca. 
Cortei aos pedaços e coloquei na Bimby, juntamente com o azeite e o leite de coco, vel. 5/ 1 min.
Numa tigela, juntei as farinhas, o bicarbonato, o sal e o cremor de tártaro para as misturar bem.
Com a Bimby em movimento na vel. 3, adicionei a mistura das farinhas pelo bocal até ficar uma massa homogénea.
Na receita original indica para o caso da massa ficar muito líquida, juntar um pouco de polvilho. Se a massa ficar mito seca, juntar um pouco de leite de coco. Eu tive q juntar mais leite, daí ter já adicionado a quantidade real de leite de coco nos ingredientes.
A massa deve ter a consistência para moldar pequenas bolas. A receita menciona que dá para 8 e confirmo.



Coloquei as bolinhas num tabuleiro coberto com papel vegetal e levei ao forno cerca de 20 minutos, até a parte exterior estar ligeiramente dourada.
Retirei do forno assim que ficou pronto e deixei arrefecer.


Só abri depois de completamente frios (e estava em ânsias).






Eu gostei bastante do sabor e da próxima vez vou mesmo colocar ervas secas ou alho.
Comi 3 bolinhas o que me valeu saltar o jantar e só voltar a comer ao pequeno-almoço do dia seguinte 😆
Espero que gostem, eu adorei e de certeza que vou voltar a repetir!

24 de julho de 2017

Hoje ficaram assim:





12 de julho de 2017

Receitas para fazer e guardar

Quando se está a cumprir o protocolo auto-imune, um dos principais obstáculos é mesmo a organização de refeições. Seja para comer em casa ou fora. Por termos uma alimentação mais restrita, temos alguma dificuldade em encontrar fora de casa, refeições equilibradas e nutritivas.

Além disso, muitas pessoas se queixam de falta de tempo para cozinhar. Vai parecer controverso mas também não gosto de passar muito tempo na cozinha, sobretudo por rotina. Dá-me jeito confeccionar pratos que não sejam muito complicados de fazer, e que também possa congelar ou guardar e gastar mais tarde.


Assim, decidi fazer uma compilação de receitas aprovadas em protocolo auto-imune, que podemos fazer ao fim de semana para deixar os dias de semana mais libertos para outras actividades.

Como já devem ter reparado, tenho a Bimby e uso-a sempre que posso. Já a tenho há mais de 7 anos e é uma excelente ajuda cá em casa. (Não, não sou vendedora, lol!) Há receitas que consigo "traduzir" para o método normal, mas sem sempre isso é possível. 

SOPAS

Eu gosto de fazer logo grandes quantidades, uma vez que tenho por hábito consumir sopa nas 3 refeições diárias. Gosto de fazer purés mais espessos e se necessário, acrescento água, sempre rende mais um pouco.

PEIXE
SNACKS e outros

Há muitas mais sugestões no blog, e se tiverem curiosidade em seguir a página Saber viver com Fibromialgia estejam à vontade.
Se houver por aí alguma doença ou suspeita de doença auto-imune, também podem aderir ao Grupo Protocolo Auto-imune

Compota de pêssego



Verão é sinónimo de sol, calor e ...compotas!

Bem, pode-se fazer em qualquer época do ano, mas eu ainda sou do tempo em que se passavam os dias de verão a fazer compotas e conservas de fruta para o ano inteiro.
Aqui, não tenho frutas directamente da árvore, mas assim que vejo as frutas de verão, desperta em mim aquela coisa de fazer compotas. E quando apanho frutas em promoção, nada me trava 😆

Desta vez foi de pêssego.
É muito fácil. Costumo fazer compotas sem qualquer adição de açúcar porque faço para uso imediato. Mas desta vez quis fazer para guardar e espero que resulte.

INGREDIENTES:

500 g de pêssego descascado e cortado aos pedaços
100 g de mel (usei mel biológico local)
1 colher de chá de canela de Ceilão

PREPARAÇÃO:

Usei a Bimby.
Coloquei o pêssego e a canela e programei 20 mins/ vel.1/temp. 100º.
Depois juntei o mel e programei mais 20 mins/ vel.1/ temp. varoma.

Se fizerem ao lume, o tempo e processo é o mesmo.

Depois de cozinhado, coloquei em frascos limpos e esterilizados.
Depois de cheios, tapei e voltei-os ao contrário para criar vácuo.







Este processo é válido para qualquer fruta.

7 de julho de 2017

Alodínia e Fibromialgia

Quem sofre de Fibromialgia ou dor crónica, depara-se muitas vezes (mesmo muitas vezes) com o problema da dor. Quem nunca sentiu dor ao ser tocada pelos lençóis da cama? Sabe o que é sentir dor, ao sentir uma rajada de vento a passar pelo corpo? E desconforto horrível sentido com qualquer peça de roupa, mesmo tendo sido usada vezes sem conta? Para quem está de fora, parece exagero. Mas, caríssimo leigo, de exagerado não tem nada. Esta sensação de dor exacerbada é real, e tem um nome...ALODÍNIA! E é mais um sintoma da Fibromialgia.

A melhor forma de explicar a alguém de forma a que perceba, é pedir para que pense nas zonas mais sensíveis do seu corpo. Tanto pode ser nos lábios, dedos, língua, não importa. Agora imagine a totalidade do seu corpo, incluindo os músculos, serem compostos pelos mesmos tecidos e nervos dessa sua zona mais sensível. Agora imagine essa zona ser constantemente estimulada, o dia inteiro, e com "sorte", também durante a noite. É isso que sente um fibromiálgico quando o vento passa por ele, ou quando a roupa magoa.



Então, o que é alodínia?

Pesquisadores da Universidade de Cardiff, com sede no Reino Unido, explicam que "a dor neuropática é causada por dano ou disfunção do sistema nervoso central e periférico em vez de estimulação de receptores de dor". Se tem ou já leu sobre Fibromialgia, estas conclusões devem ser-lhe tremendamente familiares. Na verdade, eles acrescentam que "a dor neuropática geralmente resulta em dores" espontâneas ". Algumas dessas sensações parecem ter "vida própria" e são bizarras. Sensações, dores estranhas e espontâneas? Ou seja, no da a dia de um doente com Fibromialgia essas dores estranhas e espontâneas têm o nome de alodínia.

Alodinia, vem do grego allo (outro) e odyne (dor), envolve uma mudança no sentido da dor, da qualidade de uma sensação, seja de que tipo for. Estímulos sensoriais que em situações normais não provocam dor. 

Trata-se de uma disfunção da actividade cerebral que se manifesta como uma sensação de dor quando, normalmente, o estímulo não é doloroso. Quando uma pessoa tem uma sensação e os impulsos que chegam ao cérebro são interpretados como uma sensação desagradável, produz-se dor. Isto pode acontecer porque o impulso é realmente doloroso ou porque a mensagem das fibras nervosas está alterada. Pode-se estar a estimular determinadas áreas do corpo sem implicar dor, mas o cérebro pode interpretá-las como uma sensação dolorosa. Por essa razão, quando tocamos a pele, há uma sensação de desconforto, como se a parte tocada tivesse sofrido uma queimadura, por mais leve que seja o atrito no local afetado.


Porque é que isto acontece?

Esta forma de dor vem de um mau funcionamento de nervos chamados nociceptores. O trabalho dos nociceptores é detectar informações específicas no seu ambiente, como temperatura e coisas que podem causar danos, sobretudo no nível da pele.

Sabe como às vezes a sua mão se encolhe junto de um objecto quente antes mesmo de perceber que está prestes a queimar-se? Isso é devido à ação única dos nociceptores, que realmente funcionam por conta própria, sem ter que enviar sinais para o cérebro e obter uma resposta de volta.

Na fibromialgia, por algum motivo, os  nociceptores começam a perceber que todos os tipos de sensações são dolorosas. Os pesquisadores acreditam que faz parte da sensibilização central associada à fibromialgia, síndrome de fadiga crónica e algumas outras condições.

Tipos de alodínia

Existem três formas de alodínia:
- Primeiro é o toque ou o tátil, ou seja, a dor que vem do toque de, por exemplo, roupas contra a pele. - A segunda é a alodínia mecânica que é causada pelo movimento em toda a pele de coisas como toalhas usadas para secar, escovar lençóis e sim, mesmo o vento. 
- Por último, é a alodínia térmica ou relacionada à temperatura. Acontece quando temperaturas quentes ou frias que não são extremas o suficiente para danificar seus tecidos. Mas com alodínia, essa sensação intensifica-se, então podemos referir uma sensibilidade à temperatura.

A mesma pessoa pode sentir apenas uma das formas de alodínia, mas também pode sentir as três. O que parece inequívoco é que alodínia e fibromialgia, andam quase sempre, de mãos dadas.

6 de julho de 2017

Bolinhos de batata doce e canela, Paleo, AIP


Podia deixar aqui várias razões para ter feito os bolinhos, mas a razão de verdade era mesmo porque me apetecia. E a receita é a seguinte:

INGREDIENTES:

250 g de batata doce cozida (usei da laranja)
50 g de farinha de mandioca
Raspa e sumo de meio limão
1 colher de café de canela de Ceilão
100 g de leite de coco
2 colheres de sopa de óleo de coco (estava líquido)
1 colher de café de bicarbonato de sódio


PREPARAÇÃO:

Usei a Bimby.
Coloquei todos os ingredientes na Bimby e programei 30 segs / vel. 5.
A massa fica molinha.

Liguei o forno a 200º.
Fiz pequenas bolas e coloquei-as num tabuleiro forrado com papel vegetal.
Umas envolvi em canela.



No tabuleiro, ao colocar as bolas, espalmei-as ligeiramente com a palma da mão.
Coloquei-as no forno durante cerca de 30 minutos.
A parte boa, é que enquanto estavam no forno, emanava um cheirinho a natal.



Espero que gostem!

Probióticos - os vários tipos

LEITES FERMENTADOS

  •  “IOGURTES”

Todos são leite fermentado e quando utilizamos a palavra IOGURTE é ao Búlgaro que devemos esse nome.
Lactose: Apesar da fermentação metabolizar parte da lactose em glucose e galactose, não o faz por completo. Se não se dá com os iogurtes de compra, provavelmente com estes também não. O problema reside na intolerância à caseína, pois esta continua sempre presente em todos os produtos lácteos. Mas se não tem intolerância à lactose nem à caseína, não custa experimentar. As bactérias em acção são diferentes.
Temperatura: O Búlgaro é o único que precisa do leite aquecido para ser feito. Os outros são, supostamente, para fazer em temperatura ambiente, mas isso funciona no inverno ou em temperaturas de preferência nos 25ºC ou abaixo. No verão, convém usar uma “estufa de frio”.
Tempo útil de vida: Duram geralmente entre 5 a 7 dias no frigorífico. Depois disso começam a ganhar soro e vão-se deteriorando até se tornarem irrecuperáveis.
Nota: Com o Cáspio já foram relatados períodos de conservação no frigorífico superiores a 15 dias.
Ao contrário dos iogurtes que fazíamos em iogurteira usando um iogurte comprado, que ao fim de algumas gerações perdia qualidade e era necessário comprar outro, estes duram por tempo indefinido.
Conservação: Os iogurtes podem ser congelados ou desidratados caso queira fazer uma pausa mais prolongada no seu consumo.

BÚLGARO


Originário da zona da Bulgária. Este é o original do iogurte que compramos no supermercado ou fazemos na iogurteira. O mais ácido de todos. Menos sólido que o de compra e não tão homogéneo.





CÁSPIO 



(Matsoni ou CSY: Caspian Sea Yoghurt) Originário da zona do mar Cáspio. Tão sólido (ou mais) que o Búlgaro e mais homogéneo, no sentido de ser mais parecido com os iogurtes de compra. Menos ácido.






FIL MJÖLK 
Atribui-se a sua origem à Suécia ou Finlândia. O Fil Mjölk é parecido com o Cáspio e muitos
consideram-no menos denso e menos homogéneo que o Cáspio.


VIILI 

Originário da Finlândia. Existem duas versões: uma viscosa (Viili longo). Denso e homogéneo, com uma consistência bem diferente dos outros 3 ou dos que se compram. Forma uma “capa” (casquinha) à superfície (sobretudo após 48h no frigorífico) resultado da acção de um fungo inofensivo. O Viili forma o que se chamam de “cordas” e a sua viscosidade característica desagrada a muitas pessoas. A outra versão é menos viscosa (Viili curto) e mais parecida com os outros iogurtes.



  • KEFIR

(também conhecido em Portugal por flor do iogurte)

O kefir é um SCOBY (do inglês: Colónia simbiótica de bactérias e leveduras), o que significa que os microrganismos que compõem essa colónia vivem em simbiose, numa relação de mútua dependência.
Os grãos têm cor branca leitosa ou amarelada. São parecidos com pequenos pedaços de couve-flor,
embora existam variantes de aspecto muito diferente. Tal como os iogurtes, o kefir produz um leite fermentado.
Leite: Dá-se bem com qualquer tipo de leite: cru, UHT, pasteurizado ou em pó. Gordo, ½ gordo ou magro. Vaca, cabra, ovelha...
Lactose: A colónia alimenta-se principalmente da lactose, o açúcar do leite. Esta é toda metabolizada em dois açúcares simples, glucose e galactose, desde que a fermentação se prolongue por tempo
suficiente ou aumentando a quantidade de grãos em relação ao leite. Tornar o leite fermentado “livre” de lactose, deixa-o demasiado ácido para o paladar de muitas pessoas.
Leites/Bebidas vegetais: Pode ainda utilizar bebidas vegetais, mediante a combinação com
leite ou a alternância entre os dois se não quiser consumir leite. Os resultados são diferentes dos conseguidos com o leite e a variação resultante de várias marcas de leites vegetais também. E convém
não confundir uma fermentação mal sucedida (pouco comum) com uma
da qual não goste do sabor (muito comum). Nota: Nem todos os microrganismos que habitualmente compõem as colónias de kefir se alimentam de lactose ou apenas desse açúcar. Por isso é possível efectuar fermentações bem sucedidas em bebidas vegetais. No entanto, a capacidade de uma determinada colónia em funcionar bem sem lactose e manter a sua capacidade de crescimento ao retornar à lactose, varia conforme a sua microflora específica. Evite menos de um mês sem lactose. Há quem os alimente com lactose 1x por semana.
Temperatura: Para fazer em temperatura ambiente, mas evite acima dos 30ºC e abaixo dos 5ºC.
Tempo útil de vida: Teoricamente, os grãos duram “para sempre” se bem cuidados. Vão-se
reproduzindo.

KEFIR / KEFIILI

Kefiili é uma expressão que, se não erro, foi cunhada por Dominic Anfiteatro, uma referência mundial no mundo do Kefir, o mesmo que, creio, batizou o kefiran e a kefiraride. O Kefiili obtêm-se expondo grãos de kefir ao “iogurte” Viili. O resultado é um fermentado tipo iogurte Viili produzido pelos grãos do kefir. Mas esqueça o coar facilmente. A densidade do fermentado, apesar de não ser tão intensa quanto a do “iogurte” Viili, torna esse processo mais difícil. O Kefiili funciona muito bem em unidose, podendo usar grãos
 grandes para fazer “iogurtes” de “Kefiili”. Tem um sabor menos ácido e parecido com o “iogurte” Viili”. Se tem kefir a funcionar em paralelo com o kefiili, tenha cuidado para não contaminar. Os cuidados referentes a esta pequena variação do Kefir são os mesmos que o “original”.
Nota: Estes resultados foram obtidos com leite pasteurizado gordo.



  • FERMENTO PARA PÃO

(Conhecido por: Massa …Azeda ou …Lêveda ou …Madre. Ou por Isco ou Sourdough)
A massa lêveda é uma pequena quantidade de farinha e água que se deixa fermentar num local morno, sem adição de fermentos ou de leveduras, para depois misturar com uma maior quantidade de
farinha com o objectivo de preparar massa para pão. Algumas fontes usam a expressão “massa lêveda” para referir uma massa a que foram adicionadas leveduras, para a confecção de pão ou bolos. Também se utiliza a mesma expressão para uma massa que é feita em duas etapas: na primeira faz-se um Isco ou “começo” (starter), misturando uma pequena quantidade de farinha com fermento, deixa-se levedar e depois junta-se esse Isco ao resto da farinha.


  • (LACTO) FERMENTAÇÃO DE VEGETAIS 


Muito provavelmente já comeu: pickles, chucrute, couve roxa, cornichons, Kimchi, kvass...
Não são difíceis de fazer e depois de ganhar o jeito, ficará com legumes fermentados para meses. Com a vantagem de saber o que está a comer. Sobretudo se tiver horta. Os vegetais podem ser fermentados usando starters específicos, como o soro do Kefir o líquido da Kombucha / Tibicos ou até mesmo vinagre de cidra. Muitas pessoas recomendam, no entanto, que sejam usados apenas água, sal e as bactérias que estão naturalmente presentes nos vegetais e nas nossas mãos e utensílios depois de bem lavados.
Em relação aos outros fermentados partilhados no grupo, existem algumas diferenças:
a) Não é necessária a partilha de organismos fermentadores tal como é para o kefir ou os Tibicos;
b) Os tempos médios de fermentação são mais longos, recomendando-se entre 2 a 4 semanas. Nota: Embora haja quem faça fermentações de poucos dias, crê-se que os efeitos probióticos são reduzidos (ou nulos) já que não há tempo para que os microrganismos fermentadores atingirem uma contagem microbiana suficiente;
c) As fermentações são mais fáceis de fazer sem ar, hermeticamente fechado e de preferência (mas não obrigatório) com borbulhador (airlock) para prevenir o surgimento de bolor.
Receita aqui: https://sabervivercomfibromialgia.blogspot.lu/2017/05/couve-fermentada.html


  • TIBICOS (também conhecidos por Kefir de água ou Tibi, entre muitos outros nomes) 


Os Tibicos são um SCOBY. Os grãos são translúcidos e gelatinosos. Podem ser mais claros ou mais escuros, conforme o tipo de açúcar utilizado. Na sua forma mais simples de preparar, fermentam água com açúcar. Também podem ser usados para fermentar, por exemplo, leite, infusões, sumos e bebidas vegetais (com ou sem açúcar). O resultado final é uma bebida entre o doce e o ácido, conforme o tempo deixado a fermentar. Pode ser aromatizada de várias maneiras, sobretudo usando-se frutas e sumos e, dependendo da forma como se elabora, pode ser, ou não, gaseificada.
Açúcar: A fermentação degrada a sacarose em frutose e glicose. Estes açúcares não desaparecem (mas são melhor absorvidos pelo nosso organismo), sendo “disfarçados” pela acidez progressiva. Temperatura: Para fazer em temperatura ambiente, mas evite acima dos 30ºC e abaixo dos 5ºC. Tempo útil de vida: Teoricamente, os grãos duram “para sempre” se bem cuidados. Vão-se reproduzindo.


  • JUN 

O Jun é um biofilme e, tal como o Kefir e os Tibicos, um SCOBY. (idealmente puro) como fonte de energia. Os procedimentos e modos de utilização / consumo do Jun são iguais aos da Kombucha e se já usa este fermentado, não terá dificuldade em adaptar-se à produção do Jun.
Apesar de menos conhecido e mais raro, é como uma Kombucha que em substituição do açúcar, usa o mel
Açúcar: O mel de abelha é uma mistura de dois monosacarídeos (dextrose e frutose). Tal como para a Kombucha, não disponho de informação concreta quanto a esta questão. Suponho que uma parte dos açúcares será consumida, outra será disfarçada pela acidez. Existem alguns estudos sobre a Kombucha mas não conheço um único sobre o Jun. Em termos de cuidados com as bolachas, desde a temperatura a questões de higiene é em tudo semelhante à Kombucha.


  • KOMBUCHA 

A Kombucha é um biofilme e um SCOBY. A colónia é uma “bolacha” de cor acastanhada que
fermenta, geralmente, chá preto ou verde, açucarados.
Açúcar: Não disponho de informação concreta quanto a esta questão. Mas muito provavelmente acontece o mesmo que aos Tibicos. A sacarose desaparece e a frutose e glicose aumentam. A Kombucha também é usada para fazer vinagre se deixada vários meses no mesmo chá ou usando muitas bolachas no mesmo recipiente.
Temperatura: A cultura de Kombucha beneficia de um lugar morno (mas não abafado ou húmido). Recomenda-se que a temperatura do chá não caia abaixo dos 10ºC nem se eleve acima dos 30ºC. A temperatura ideal anda ao redor dos 22ºC. No entanto, passaram já vários anos de uso e nunca me preocupei em controlar a temperatura ambiente e até agora tem corrido bem. Até porque a Kombucha aguenta temperaturas dentro do frigorífico.
Tempo útil de vida: As bolachas têm tempo de vida limitado, podendo durar anos. Como se reproduzem se bem cuidadas, o seu tempo de vida é “ilimitado”.

Fonte: Grupo "Probioticamente"

28 de junho de 2017

Wraps AIP, Paleo

Ando sempre a pensar em como aliar os apetites que tenho e a alimentação que faço. Se há coisa que detesto, é rotinas seja onde for, mas na cozinha então odeio...


A filha hoje pediu wraps. Fiz-lhe a vontade, mas eu não podia comer a mesma massa. Ora se me apetecia também um wrap, eu tinha que os fazer. E assim foi. Peguei na receita que tinha das crakers, e adaptei-a de modo a que ficassem minimamente moldáveis depois de frios. E saiu isto:

INGREDIENTES:

100 g de polvilho doce
120 g de farinha de mandioca
1 colher de chá de flor de sal
60 g de azeite extra-virgem
220 g de água quente
Temperos a gosto (usei só sal e alho em pó)

PREPARAÇÃO:

Colocar as farinhas e os temperos no copo da Bimby e programar 5 segs/ vel.4.
Juntar o azeite e a água quente e programar 2 min/ vel. espiga.


Depois de pronta, estica-se a massa com o rolo da massa, sobre um tapete de silicone com marcas (eu precisei disto para me orientar a esticar a massa em forma de círculo).


Esticar bem a massa e recortar as pontas com um cortador de forma a deixar um circulo apresentável.
Deu para 4 wraps.
Colocar uma frigideira larga anti-aderente ao lume.
Quando a frigideira estiver quente, colocar a massa a cozinhar, sem gordura.
Deixar cozinhar dos 2 lados.



Conforme os vamos cozinhando, convém tapar com uma folha de alumínio, para que não sequem.



Depois de prontos, rechear a gosto. Eu recheei com o que tinha (canónigos, azeitonas, carne bolonhesa, pepino) e enrolei em forma de wrap.


Os restantes, separei com papel vegetal, meti-os num saco de congelação e congelei para uso futuro.


Espero que gostem!