2 de agosto de 2017

Quando se recebe o diagnóstico de uma doença crónica

Estão a ver aquela sensação de sentir o chão a fugir debaixo dos pés? Pois, é isso que se sente quando se recebe (ou confirma) um diagnóstico de doença crónica, seja ela visível ou não, auto-imune, degenerativa, não importa. Naquele momento, recebemos uma sentença para a vida. Depois cabe a cada um, reagir da melhor forma possível.


Pessoalmente, quando recebi o diagnóstico de Fibromialgia, foi quase um alívio. Para mim, foi uma confirmação de que eu não estava a inventar e finalmente podia dar um nome à "coisa", a todos os sintomas que eu sentia. Já quando recebi o diagnóstico de uma e depois de outra doença auto-imune, já não senti grande alívio, vá. Se com a Fibro já era dose, com mais estes dois extras, digamos que...dispensava.

Felizmente e porque sou uma optimista por natureza, consegui aos poucos dar a volta e em vez de lamentar o copo meio vazio, agradeço que ela ainda esteja meio cheio. Há dias melhores que outros, mas com calma e perseverança, a coisa vai.

Visto de fora, e para quem não sente isto na pele, acha que é drama e que estamos a exagerar e a querer chamar a atenção, e que há doenças piores, e que o mundo não acaba e tudituditudo. Amigos..."pimenta no cu dos outros é refresco!" Só quem está do lado de dentro sabe avaliar o que estou a dizer.

A verdade é que, ao receber um diagnóstico destes, é preciso deixar para trás parte de nós parte, daquilo que fomos, parte daquilo que fizemos. Claro que vamos sempre a tempo a criar novas rotinas, novas histórias, mas aquilo que éramos "antes de", acabou...irrevogavelmente. E como em todas as situações de perda, é preciso levar a coisa por fases.

1 - Negação. Qualquer mudança ou perda nas nossas vidas leva a uma fase de negação. E tomar consciência de que temos uma doença crónica, não ajuda em nada. Na fase da negação, acreditamos mesmo que não nos vai afectar em nada e que "só damos a importância à doença se quisermos." Chegamos muitas vezes a ignorar conselhos de técnicos e/ou médicos, ou a tomar medicação, achando que temos tudo sob controlo. Tretas! Muitas pessoas aproveitam esta fase para se dedicar à informação sobre a doença de que foi diagnosticada e usam-na voltando a sua atenção para a cura.

2 - Raiva. O que muitas vezes interfere com a negação é a raiva - raiva de sermos a tal "uma em cada 10 000 ou 1000" a ter a doença. A raiva muitas vezes é direccionada para dentro, levando a que nos culpemos por termos a doença. A melhor forma de minimizar a raiva é tentar encontrar saídas. Escrever um diário, participar de reuniões com pessoas na mesma situação ou aderir a grupos com temáticas semelhantes, são formas de canalizar essa raiva. A raiva pode demorar mais ou menos tempo a passar, dependendo da forma como nos posicionamos perante a vida. No entanto, e por muito que não o queiramos assumir, fica sempre uma pontinha infimazinha canininha de raiva que teima em ficar agarrada.

3 - Medo. A raiva subjacente é o medo que vem com o diagnóstico de uma doença que não pode ser curada. Pessoas com doença crónica tendem a ver a vida de uma forma mais reduzida e sem cor. Param de fazer planos com muita antecedência ou fazem mudanças profundas nas suas vidas acreditando que terão pouco tempo (de qualidade) disponível para viver. O medo muitas vezes é exacerbado pela falta de informação sobre a doença. Mas o combate a essa doença começa precisamente com a informação. Quanto mais se aprende sobre ela, mais armas teremos para a enfrentar e sentimos que temos a coisa controlada.

4 - Tristeza. Os sentimentos de sofrimento e perda são comuns em doenças crónicas pois muitas vezes implicam restrições na vida que os outros não precisam de enfrentar e nem entendem. Isso pode significar, deixar de fazer algumas actividades que nos traziam grande prazer e que agora não as podemos executar. É preciso encontrar alternativas, mas até lá chegar, é todo um processo. O sofrimento perante a incapacidade de executar tarefas que antes eram banais, podem levar em alguns casos, ao isolamento. Concentrar-se em actividades que não são afectadas pela doença podem ajudar as pessoas a superar esses sentimentos. Aqueles que se recusam a pensar em si mesmos como "doentes" terão uma perspectiva mais positiva. Participar de um grupo de suporte também pode ajudar. Os grupos permitem que as pessoas conheçam outras pessoas com a mesma doença que ainda estão activas e cumprindo objectivos.

5 - Aceitação. Embora o aparecimento de uma doença crónica possa trazer bastante transtorno emocional, também vem acompanhado de sentimentos de realização pessoal e de força que acontecem quando nos conseguimos superar. O sucesso vem de várias formas, seja controlando a doença com pensamento positivo, medicação convencional ou alternativa, seja através da alimentação e percebemos que temos algum controlo quando sentimos que vamos precisando de menos medicação (ou nenhuma) e que conseguimos de alguma forma, encontrar momentos de felicidade. Com esses pequenos momentos, vem a confiança de que somos capazes de levar uma vida plena e gratificante, embora com alguns ajustes que a doença muitas vezes obriga. É frequente ouvirmos, de quem se vê perante algo imutável na sua vida, dizer que passa a ver a vida de outra forma. E é verdade. Pessoalmente passei a valorizar-ME (está propositadamente escrito em maiúsculas) e só a dar importância às coisas e pessoas que realmente interessam. Claro que é mais fácil dizer do que fazer, mas com o tempo, havemos de lá chegar.

O tempo que levamos a processar tudo isto e a atravessar as várias fases, depende do tipo de doença, dos seus sintomas, da forma como encaramos o mundo e a vida, das pessoas que nos rodeiam...mas depende essencialmente de querermos dar a volta. nem todas as pessoas passam por estas fases pela mesma ordem e acontece frequentemente entrar e sair das várias fases à medida que a saúde melhora ou não.

A fase em que nos encontramos nem é o mais importante. Importa é que nos aceitemos como somos e como estamos e que façamos o que fizermos, a doença estará sempre presente, de forma mais ou menos notória. Por isso, o melhor mesmo é viver um dia de cada vez, sem nos deixarmos perturbar por interferências que nos possam ser nefastas, pois enquanto estivermos vivos, temos de viver cada momento em consciência.

Bolinhos de batata doce e coco

Há dias tinha feito uns bolinhos de batata doce, mas apesar de ter gostado imenso do resultado final, achei que a massa era molenga. Então resolvi mudar a farinha, sempre respeitando o protocolo paleo auto-imune. E ficaram muito bons, ligeiramente mais consistentes e mais semelhantes a biscoitos "normais"

A receita é praticamente a mesma que a anterior, com a alteração da farinha...aqui usei de coco.

INGREDIENTES:

250 g de batata doce cozida (usei da laranja)
50 g de farinha de coco
Raspa de meio limão
1 colher de café de canela de Ceilão
1 colher de sopa de óleo de coco 
1 colher de café de bicarbonato de sódio



PREPARAÇÃO:

Usei a Bimby.
Coloquei todos os ingredientes na Bimby e programei 30 segs / vel. 5.
A massa fica bastante molinha.

Para quem não tem Bimby, pode usar outro processAqui só é preciso reduzir a batata em puré, o resto, é só misturar.
O importante é que consigam misturar os ingredientes todos até fazer uma massa homogénea.


Liguei o forno a 200º.
Fiz pequenas bolas e coloquei-as num tabuleiro forrado com papel vegetal.




No tabuleiro, ao colocar as bolas, espalmei-as ligeiramente com a palma da mão.
Coloquei-as no forno durante cerca de 30 minutos.


Rendeu 18 bolinhos. A ideia é mesmo fazê-los pequenos para aqueles dias de "apetites".
E ficaram muito fofinhos.






Cumprir o protocolo não tem de ser enfadonho nem monótono. 
Como em tudo, é preciso querer!

1 de agosto de 2017

Compota de courgette

Como alguns já sabem, há dias ofereceram-me uma carrada de courgettes gigantonas. 
Das primeiras coisas que me lembrei fazer quando as recebi, foi mesmo uma boa compota. Há anos, quando ainda estava em Portugal, os meus pais tinham imensas courgettes na quinta, e na altura tinha feito compota. Por isso agora foi só adaptar aos novos requisitos alimentares e ao paladar mais apurado.


Estas foram as courgettes oferecidas. São enormes e olhem que tenho as mãos grandes!



Decidi fazer a compota mas, não sei como, deixei acabar o mel. Então usei açúcar de coco que tenho em casa desde o verão passado e já estava em bloco. Assim, já ficou despachado 😆


Mas vamos ao que interessa:

Vão precisar dos seguintes INGREDIENTES:

700 g de courgette descascada e cortada aos cubos (era o tamanho de uma delas)
50 g de açúcar de coco
1 pedacinho de gengibre fresco descascado (cerca de 1 cm quadrado)
1 colher de café de canela de Ceilão
Raspa de 1 lima



PREPARAÇÃO:

Fiz na Bimby.
Deitei os ingredientes todos no copo e programei 30 mins/ vel.1/ temp. 100º.
Depois desse tempo, espreitei a consistência, triturei uns segundos e programei mais 15 mins/ vel.1/ temp. Varoma.

Para quem não tem Bimby, prepara os ingredientes e mete ao lume baixo numa tacho anti-aderente até cozer e apurar. Calculo que demore aproximadamente o mesmo tempo.


Para alguns, o sabor do gengibre poderá ser demasiado forte, mas apesar de eu gostar de courgette, acho que tem um sabor meio enjoativo, e o gengibre "quebra" um pouco esse sabor.



Ainda não sei bem onde a vou usar, vou ter que fazer umas crakers para a gastar 😆😆

Creme de beterraba

Sopas, sopas e mais sopas! Sim, cá em casa, come-se muita sopa e a todas as refeições. Quando se está a cumprir o protocolo paleo auto-imune, os legumes têm um papel primordial na recuperação do organismo. Uma vez que convém ingerir entre 9 a 14 porções de legumes variados por dia, a sopa torna-se um excelente aliado para atingir esse objectivo diário. Nem sempre é fácil, uma vez que com o tempo, é preciso inovar sabores e alterar a confecção de forma a não se cair na rotina e pasmaceira.


Já andava para fazer este creme há algum tempo, mas como gosto tanto de beterraba, quando compro, nunca chega para fazer sopa e acabo por consumi-la num ápice. Mas desta vez, comprei já a contar com este creme.

INGREDIENTES:
1 courgette grande descascada
2 cebolas pequenas
3 dentes de alho grandes
3 floretes de couve-flor
4 cabeças pequenas de beterraba cozida
Azeite q.b.
Água e sal q.b.
Orégãos e basílico seco a gosto (ou outras ervas aromáticas)





 PREPARAÇÃO:

Fiz na Bimby.
Coloquei no copo da Bimby a couve-flor, as cebola, os alhos, a courgette e as beterrabas descascados e cortados aos pedaços. deitei também as ervas aromáticas.
Cobri os legumes com água e coloquei sal, e programei 25 mins/ 100º/ vel.1.
Findo esse tempo, programei 1 min/ vel.3-5-7.

Para quem não tem Bimby, o processo no fogão é como para qualquer sopa.
Colocar os legumes descascados e cortados numa panela ao lume com água a cobrir os legumes e sal a gosto.
Deixar cozinhar e triturar.



Não sei se é de mim, mas com as ervas, quase parece sopa de tomate. Faltava o ovinho escalfado, mas fica para outra altura.



É muito simples de fazer, e muito saborosa. É uma excelente alternativa aos tradicionais cremes de legumes. E tem a vantagem de se poder comer quente ou fria.

31 de julho de 2017

Creme de courgette

Há dias ofereceram-me uma quantidade enorme de courgettes, e das grandes.

Assim, e para estrear, decidi logo fazer um creme de courgettes, rápido e simples e que fica bem com tudo.


Vão precisar dos seguintes INGREDIENTES:

1 courgette (usei a mais pequena das gigantes que estão na segunda foto)
2 cebolas médias
3 dentes de alho
2 pés de cravinho
2 folhas de louro
50 g de azeite
Água q.b.
Sal q.b.

PREPARAÇÃO:

Usei a Bimby.
Descasquei e cortei as cebolas e a courgette.
Descasquei os dentes de alho.
Coloquei o azeite no copo da Bimby.
Juntei as cebolas e as courgettes.
Juntei os alhos, as folhas de louro e os pés de cravinho.
Adicionei sal a gosto e programei 25 min/ Vel. 1- colher inversa/ temp. 100º.




Findo o tempo, retirei os pés de cravinho e as folhas de louro (por acidente ficou lá uma parte e acabei por triturar junto, mas até que ficou muito bem assim) e triturei tudo na vel. 3-5-7 durante 1 min.


Não adicionei água para a cozedura porque a courgette larga imensa água e eu não gosto das sopas muito líquidas. Assim, estufei tudo e triturei, e só depois de triturar é que juntei a água para fazer o creme. Aqui já depende do gosto de cada um.

Para quem não tem Bimby, estufa tudo num tacho e depois de cozido, tritura e junta a água a gosto.

É muito simples e muito saborosa!

Kombucha - preparação passo a passo

A (ou o) Kombucha (pronúncia: "kombutcha"), ainda, Kombuchá, é uma bebida probiótica obtida tradicionalmente a partir da fermentação do chá (Camellia Sinensis) ou infusões ricas em cafeína (pelo método não tradicional). Para a fermentação, prepara-se o chá, normalmente preto ou verde, mas pode ser qualquer infusão, desde que seja doce. Depois de pronto e já arrefecido, inocula-se a solução com um líquido acidificante ou vinagre proveniente de fermentações anteriores e a zoogléia ou bolacha (ou do inglês SCOBY - Symbiotic Culture Of Bacteria and Yeast). Tudo isto é deixado em repouso para o processo de fermentação da bebida. Após alguns dias, quando quase todo o açúcar terá sido consumido para dar lugar às várias enzimas, vitaminas e ácidos, contudo, a bebida estará com um sabor ácido, mas, ainda, levemente doce e estará pronta a ser consumida.


História 

O primeiro relato de produção e consumo de kombucha vem da China, em 221 a.C., durante a Dinastia Tsing. A Kombucha vem sendo cultivado por milhares de anos por várias culturas, tendo menções na Bíblia (Rute 2:14) onde o proprietário de terras Booz convidou Rute durante sua colecta de grãos: "Vem cá e come um pouco de pão e mergulha teu bocado na bebida de vinagre! E ela se sentou ao lado dos ceifadores; e ele lhe alcançou cereal torrado e ela comeu e se saciou e ainda sobrou." Este relato bíblico de cerca do ano 1000 a.C. não somente nos dá uma indicação de seus hábitos nutricionais exemplares, apesar de serem modestos de acordo com a nossa perspectiva, também vemos que, mesmo naquele tempo, as pessoas preparavam, com microorganismos, bebidas com ácido láctico e como elas serviam às pessoas como energia e refresco durante os árduos trabalhos da colheita. Durante as décadas de 1960 e 1970 a bebida tomou proporções globais, quando os hippies adeptos de práticas nutricionais naturais, difundiram o uso do chá fermentado. Em 2015, o mercado de kombucha foi estimado em US$600 milhões.

O nome kombuchá vem de uma crença ocidental de que a colónia ou biofilme era na verdade uma alga marinha chamada kombu, e pelo facto de na Índia, os chás provindos da Camellia sinensis serem chamados de cha ou chai. Descobriram depois que a colónia não era a tal alga, mas o nome já tinha sido popularizado.

Características

É uma bebida probiótica rica em ácidos, vitaminas e açúcares simples e ajuda a regenerar a microbiota intestinal.

Kombucha é uma colónia composta de microorganismos aglomerados numa massa de celulose parecida com uma panqueca. Tal aglomerado simbiótico recebe o nome português de zoogleia ou biofilme, mas também usualmente chamada de bolacha ou scoby, com os seguintes componentes:

Várias enzimas, ácido acético, ácido carbónico, ácido fólico, ácido glucónico, ácido glucurónico, L(+) láctico, ácido de Usnic, aminoácidos (vários), ácidos hidróxidos (vários), vitamina B1 (tiamina), vitamina B2 (riboflavina), vitamina B3 (niacina, niacinamida), vitamina B6 (pyridoxina), vitamina B12 (cobalamina, cyanocobalamina), vitamina C.

Quando a colónia é colocada num recipiente contendo uma mistura do chá com o açúcar, transforma o líquido numa bebida doce e azeda com uma fragrância frugal muito saborosa que pode fornecer diversos ácidos e nutrientes, excelentes para a saúde. A cultura de Kombucha alimenta-se do açúcar e produz tais produtos finais que ficam na bebida: o ácido glucurônico, ácido acético, ácido glucônico, ácido láctico, vitaminas, aminoácidos, e algumas substâncias antibióticas. Dentre outras substâncias, o álcool de 0.5% a 1% também é produzido, mas não caracteriza bebida alcoólica, caso a fermentação da bebida seja completa é formado o vinagre, que é rico em ácido acético produto da degradação do álcool pelas bactérias assépticas.

Temperatura: A cultura de Kombucha beneficia de um lugar morno (mas não abafado ou húmido). Recomenda-se que a temperatura do chá não caia abaixo dos 10ºC nem se eleve acima dos 30ºC. A temperatura ideal anda ao redor dos 22ºC.

Tempo útil de vida: As bolachas têm tempo de vida ilimitado, podendo durar anos.

Agora vou deixar passo a passo como costumo fazer a minha kombucha, tanto na primeira como na segunda fermentação:

Primeiro passo:

É preciso ter a colónia. Existem grupos no facebook de doações de probióticos onde podem adquirir a bolacha para iniciar. Eu sugiro estes, Probioticamente e Kefir e Kombucha Portugal - GRUPO DE PARTILHA.

Como tenho já algumas bolachas a fermentar, vejo quais são as que estão "no ponto" para mudar. Costumo deixar para a primeira fermentação, entre 7 a 14 dias, mas depende muito da temperatura. Menos tempo do que isto, deixa a kombucha muito doce (logo com todo o açúcar ainda presente) e mais tempo (para o meu gosto), fica muito ácida. Ao fim de uma semana, começo a ver a consistência e o cheiro, se tiver um cheiro avinagrado, para mim já está bom. Saliento que, no país onde vivo, as temperaturas nunca são muito elevadas, por isso o tempo de fermentação aqui, ronda os 10 dias.

Preparo o material:

Recipiente em plástico para colocar as colónias (eu uso um pequeno alguidar)
Passador de plástico
Funil de plástico
Garrafas de plástico com tampa

Preparo o chá: 

Usando a proporção de:
2 saquetas para cada litro de água e 75g de açúcar para cada litro de água, neste caso, para 4 litros de água, uso 8 saquetas de chá e 300g de açúcar. (uso o branco por ser mais barato).

Vou alternando entre o chá verde e o chá preto, mas o que mais uso é este:



Coloco a água ao lume num tacho ou panela e desligo quando começar a ferver. Deito o açúcar e as saquetas de chá e mexo com uma colher de pau até dissolver o açúcar (aqui já tinha retirado 2 saquetas antes de me lembrar de tirar a foto).



Deixo arrefecer o chá até à temperatura ambiente.

Entretanto destapo as bolachas a mudar. Estão assim:


As colónias com o tempo criam uma capa à superfície e é essa capa que vai engrossando e que vai dar origem a outras bolachas. Mas também podem crescer por baixo. As minhas nem sempre são assim disciplinadas e costumam multiplicar-se por baixo 😆.



Com a mão, retiro as bolachas para o recipiente de plástico e junto um pouco do líquido fermentado. 
Para a fermentação seguinte, convém deixar cerca de 10% do total do líquido por cada litro de chá novo. Neste caso, como tenho 2 frascos de 2 litros, deixo cerca de 400 ml para adicionar na fermentação seguinte. 

As bolachas adquirem o formato do recipiente onde estão a fermentar.



O restante líquido que ficou no frasco, deito directamente para as garrafas de plástico que vou usar para a segunda fermentação. Uso um funil e um passador fino para coar algumas impurezas.
Não encho totalmente as garrafas, deixando espaço para as frutas que vou adicionar e para a própria fermentação.



A seguir preparo as novas fermentações.

Passo os frascos por água e deito o novo chá, sem encher o frasco.



Deixo mais ou menos assim.



Depois deito o líquido fermentado que estava de parte.
Gosto de coar para evitar que entrem impurezas.



Passo as bolachas para o frasco. Se tiverem muitas impurezas, lavo-as debaixo de água corrente.
Aqui dá para ver que existem várias bolachas agarradas umas às outras.



No fim, os frascos ficam assim.




Não fecho os frascos com a mola. Sei que se pode fechar, mas eu deixo só a tampa encostada, com uma folha de papel absorvente de cozinha preso com um elástico para evitar que entrem bichitos ou pó.


E reservo num sítio fresco e escuro, de forma a que não sejam mexidos durante a fermentação.
Aqui a minha "produção" de kombucha😆😆.


Aqui ficam até à próxima muda.

No mesmo espaço deixo as garrafas com a fruta para a segunda fermentação. Nestas garrafas de 1l, deixo normalmente 3 ou 4 dias (para o meu gosto, o tempo ideal). Se as garrafas forem maiores, deixo mais 1 ou 2 dias. 

Findo esse tempo, coloco as garrafas no frigorífico e consumo depois de fresco, normalmente entre 2 a 3 copos por dia.

Também podem consumir a kombucha logo depois da primeira fermentação, colocando logo as garrafas no frio sem as frutas. Pessoalmente não gostei muito, e após ter insistido, dei conta que me dava azia pela acidez.


Fontes: Grupo Probioticamente               https://pt.wikipedia.org/wiki/Kombucha

28 de julho de 2017

"Iogurte" de coco

Coloquei iogurte entre aspas porque para mim, iogurte tem de ser fermentado e este não foi. É mais uma sobremesa, mas pela textura e sabor, passa bem por iogurte.

Quem reside em Portugal, não tem noção que fora do país, não há a mesma oferta de produtos e é preciso inovar bastante. Aqui não encontro iogurtes vegetais de compra, a não ser de soja e isso está fora de questão.



Claro que é muito fácil de fazer. Desta vez usei só leite de coco de compra, mas da próxima vez faço com leite de coco caseiro, mas não tenho encontrado coco para fazer.

INGREDIENTES:

2 latas de leite de coco (usei da ALNATURA) de 400 ml
1 saqueta de gelatina em pó neutra (6g) também podem usar agár-agár mas eu não gosto do sabor
Para mim não foi necessário, mas quem gostar deles doces, pode adicionar um pouco de açúcar de coco ou mel

PREPARAÇÃO:

Usei a Bimby.
Deitei o conteúdo das duas latas de leite no copo da Bimby e programei 4 mins/ vel.3/ temp. 50º.
Quando faltavam 30 segundos para acabar o tempo, adicionei a gelatina pelo bocal, sem deixar de mexer.
Dispus o conteúdo em copos de iogurte e levei ao frio de um dia para o outro.




Para quem não tem Bimby, pode levar o leite de coco ao lume, tendo o cuidado para não deixar levantar fervura.

No dia seguinte, tinham esta textura.



Escusado será dizer que me regalei ao pequeno-almoço!

Adicionei amoras silvestres que tinha apanhado durante uma caminhada e por cima coloquei um pouco da compota que tinha feito com as mesmas. A compota era de amoras mas a receita foi esta, porque dá para todas as frutas.






27 de julho de 2017

Creme de cenoura com especiarias

Adoro sopas, preferencialmente cremes porque depois posso juntar o que me apetecer a qualquer momento, seja legumes, verdura, peixe ou carne. Mas como consumo sopa todos os dias e a todas as refeições, gosto de variar e fugir da rotineira sopa de legumes.

Hoje não tinha grandes legumes para fazer a sopa porque já tinha feito hoje uma para a filha (sem cebola porque lhe causa indigestão), fiquei com poucas opções para mim. Mas nada de panicar.


Resolvi fazer um creme de cenoura com o que tinha cá em casa e até correu muito bem. Como gosto muito de especiarias, este creme saltou para o top das minhas preferidas (N.1 creme de abóbora assada , N.2 creme de cogumelos).


Claro que é muito fácil de fazer porque passar muito tempo na cozinha, é coisa que não me assiste!

INGREDIENTES:

3 cenouras grandes
1 courgette descascada
1 cebola
2 dentes de alho
3 floretes de couve-flor (era o que tinha)
3 pés de cravinho
1/2 colher de chá de gengibre em pó (usei bio da Alnatura)
1/2 colher de chá de curcuma em pó
Sal e azeite a gosto

PREPARAÇÃO:

Usei a Bimby.
Preparei os legumes e cortei-os.
Coloquei-os no copo da Bimby, com os pés de cravinho, cobri com água, coloquei sal ao meu gosto e fechei. Programei 25 mins/ vel.1/ temp. 100º.
Findo esse tempo, retirei os pés de cravinho e juntei o azeite e as especiarias.
Triturei 1 min/ vel. 3-5-7.

Et voilà!



Para quem não tem Bimby, o processo da cozedura é o mesmo numa panela ao lume.
Depois dos legumes cozidos, retiram-se os pés de cravinho, juntam-se as especiarias e o azeite e tritura-se com a varinha da sopa.

Eu gosto das sopas bem cremosas, por isso nunca coloco muita água aquando da cozedura, só a tapar os legumes. Se depois de triturada, ficar espessa, acrescento um pouco de água.

25 de julho de 2017

Tarteletes salgadas

Como consumo sopa a quase todas as refeições, às vezes faz-me falta "qualquer coisa" para acompanhar a refeição, sem ser qualquer coisa de muito pesado. E como também gosto sempre ter "qualquer coisa" no congelador pronto para situações em que a disposição ou o tempo não abundam, resolvi fazer estas tarteletes salgadas, já prontas a rechear.


São muito fáceis de fazer e muito práticas para quando chega alguém a casa e não temos nada preparado. Podem ser recheadas a gosto e tanto podem ser servidas como entrada ou como complemento do prato principal. Ou para o que quiserem, vá!

Hoje, e como tinha comprado carne de vaca e porco para picar em casa, fiz uma bolonhesa rápida e recheei. Não consumo queijo e por isso coloquei umas folhas de rúcula para refrescar. Para quem consome queijo, pode polvilhar com queijo a gosto e depois levar ao microondas só para derreter ou ao forno para gratinar.

A massa adaptei-a destas empadas  e destes rissóis, só alterei um pouco as farinhas para alterar a consistência. Ainda não disse, mas tinha acabado de comprar estas forminhas de tarteletes que andava doida à procura, e tinha que as experimentar.

INGREDIENTES PARA A MASSA:

250 g de batata doce cozida (eu costumo cozer no microondas, enrolada em papel de cozinha durante cerca de 5 mins, mas como estas eram grandes, programei 7 mins)
30 g de azeite extra-virgem
30 g de polvilho doce
150 g de farinha de mandioca
1 c. café de Flor de sal
Temperos a gosto (usei alho em pó e orégãos)

PREPARAÇÃO DA MASSA:

Ligar o forno a 180º.
Descascar a batata cozida e colocá-la no copo da Bimby.
Juntar os restantes ingredientes, deixando um pouco da farinha de mandioca de parte e triturar 20 segs/ vel 5. 
Dependendo da qualidade da batata, pode não ser necessária a quantidade da farinha indicada.
Rectificar os temperos e a consistência.
Tem de ficar uma massa espessa que suporte a manipulação com o rolo da massa.
Se estiver muito mole, basta ir juntando mais farinha de mandioca.

Fiz na Bimby mas também se faz bem noutro processador ou trituradora.




Esticar a massa sobre papel vegetal de forma a que possa cobrir a forma das tarteletes, dando o desconto para cobrir também as bordas.



Cobrir a forma da tartelete com a massa e com os dedos, e ir ajeitando de forma a que cubra toda a forma até acima.




Colocar as formas sobre a grelha do forno e levar ao forno já quente, cerca de 15 minutos.



Retirar e deixar arrefecer.



Entretanto fiz um pouco de bolonhesa para rechear as tarteletes.



Depois da massa fria, recheei duas para o jantar e congelei as restantes para os tais dias.

Espero que gostem!