7 de maio de 2017

Ovos - porque não integram o Protocolo Paleo Auto-imune

"O ovo é um dos alimentos mais alergénicos, que afecta aproximadamente 2-3% da população. No entanto, as pessoas ainda são surpreendidas quando menciono uma receita isenta de ovos ou que eu não posso comer ovos. Não é por ser alérgica, mas sim porque tenho uma doença auto-imune e os ovos são excluídos no protocolo auto-imune. Uma vez que os ovos são um alimento tão importante para quem pratica paleo (como parte do pequeno almoço, como uma proteína acessível, e como ingrediente presente na grande maioria das receitas paleo), questionam-me frequentemente porque razão não fazem parte do protocolo.

Uma das principais funções da clara do ovo é proteger a gema contra o ataque microbiano enquanto o embrião cresce, usando enzimas proteolíticas (ou proteases), enzimas que podem fragmentar proteínas em cadeias mais curtas de aminoácidos (normalmente tornando essas proteínas inactivas / inúteis no processo). Existem muitos tipos diferentes de enzimas proteolíticas, todas eles altamente especializadas para fragmentar um tipo específico de proteína e / ou num local específico. Em particular, as enzimas proteolíticas nas claras de ovos são exímias na clivagem de proteínas nas membranas celulares de certas bactérias (especificamente bactérias gram-negativas). A protease específica na clara de ovo com a qual pessoas com doença auto-imune (ou alergias graves ou intestino permeável) devem preocupar-se, chama-se lisozima.

Eu costumava usar lisozima no laboratório de biologia para quebrar as membranas de bactérias (bactérias que eu tinha criado para desenvolver cadeias de ADN). A lisozima, é característica das membranas bacterianas, activa-se rapidamente, é muito resistente ao calor e é estável em ambientes muito ácidos (por essa razão ainda fica activa mesmo depois de cozinhar bem os ovos bem e da sua digestão!) O ser humano também produz lisozima como parte dos nossos mecanismos normais de defesa contra infecções bacterianas. Está presente na nossa saliva, lágrimas e muco (incluindo nas camadas de muco nos intestinos). Então, se produzimos a nossa própria lisozima, por que é que a lisozima presente na clara de ovo, nos pode ser prejudicial?

A lisozima tem a capacidade de formar cadeias fortes com outras proteínas. Assim, a lisozima da clara de ovo normalmente passa através do nosso sistema digestivo em grandes cadeias com outras proteínas de clara de ovo. Muitas das proteínas presentes nas claras de ovo são inibidores de protease.

Isto significa que os complexos de proteína lisozima / proteína de ovo são resistentes à digestão pelas nossas enzimas digestivas (que são elas próprias proteases). Pode questionar-se se a lisozima ainda está activa sendo uma protease e se está ligada aos inibidores da protease de clara de ovo. A resposta é sim, ele ainda está activa. Os inibidores da protease de clara de ovo que são mais susceptíveis de estarem ligados à lisozima são a ovomucina e a ovastatina, que são inibidores da tripsina (a tripsina é uma das nossas principais enzimas digestivas) e a cistatina. Nenhum destes inibidores inibe a actividade da lisozima. À medida que o complexo de lisozima viaja através das vilosidades no nosso intestino, também pode ligar proteínas bacterianas a partir das bactérias normalmente nelas presentes (como a gram-negativa E.coli).

A lisozima possui uma propriedade química invulgar (mantém uma carga positiva) que lhe permite atravessar os enterócitos por atracção electrostática. As pesquisas confirmam que a lisozima consumida entra na circulação mesmo em indivíduos saudáveis ​​(mesmo em conjunto com outros alimentos, embora a quantidade seja menor). A absorção da lisozima pura de clara de ovo por si só em circulação, provavelmente não é problemática porque a lisozima é uma enzima que o corpo produz naturalmente (a menos que seja absorvida em concentrações muito altas e, em seguida, pode causar danos nos rins). O problema são as outras proteínas que se agarram à lisozima através da barreira intestinal. É esta "fuga" de outras proteínas da clara de ovo, a razão pela qual a alergia ao ovo é tão comum. Quaisquer outras proteínas presentes no trato digestivo podem potencialmente ligar-se ao complexo de lisozima e através do intestino, passam para a corrente sanguínea (ou linfa). Acredita-se que estas proteínas estranhas contribuem para uma resposta de mimetismo molecular onde o corpo, na sua tentativa de formar anticorpos contra estes invasores estrangeiros, cria acidentalmente um anticorpo que também reconhece uma proteína normal no corpo humano.

É também importante salientar que a capacidade da lisozima de atravessar a barreira intestinal (transportando com ela proteínas potencialmente imunogénicas) não seja assim tão significativa . Em indivíduos normais e saudáveis, a lisozima não é susceptível de causar danos significativos ao revestimento saudável do intestino ou causar uma resposta imunitária substancial (embora o efeito da lisozima seja o motivo pelo qual o Prof. Loren Cordain recomenda limitar os ovos a 6 por semana). Em indivíduos saudáveis, os ovos de galinhas de pasto podem ser uma fonte excelente e acessível de proteína, ácidos graxos ómega-3, luteína, zeaxantina, colina, selénio, fósforo, vitamina A, vitamina D e vitaminas B. No entanto, em situações de doença auto-imune, os indivíduos são mais sensíveis e tendem a ter respostas imunes e inflamatórias exageradas a proteínas estranhas na circulação. Estes indivíduos são também mais propensos a formar auto-anticorpos em resposta a proteínas bacterianas que podem entrar na circulação com lisozima.

Note-se que esta discussão estava inteiramente relacionada com proteínas de clara de ovo. As gemas de ovo não são susceptíveis de causar estas questões. No entanto, se estiver a seguir o protocolo auto-imune, e se já estiver na fase da reintrodução, recomenda-se algum cuidado no consumo da gema, uma vez que esta provoca uma sensibilidade mais acentuada em indivíduos com intestino permeável (não é a mesma coisa do que ser alérgico a eles). Deve-se evitar o ovo completo quando iniciar o protocolo auto-imune. Mas, de todos os alimentos que são restritos neste protocolo, as gemas são as mais susceptíveis de serem toleradas e muitas pessoas podem adicioná-los de volta à sua rotina alimentar."

Fonte: https://www.thepaleomom.com/whys-behind-autoimmune-protocol-eggs/

Panquecas de batata doce sem ovo

Hoje apetecia-me fugir da sopa e dos legumes habituais e como é dia da mãe, resolvi que merecia.
Na verdade, não era preciso razão nenhuma especial, certo? 😃

Mas vamos ao que interessa...

O desafio permanente nesta alimentação, para mim, é a ausência do ovo. Não propriamente do ovo em sim, mas sobretudo pela falta que faz na ligação de massas ou panquecas. Mas, sendo por uma boa causa, tudo vale a pena!



INGREDIENTES:

100 grs de batata doce cozida
1 cs de farinha de coco caseira (receita aqui)
1 cs de coco ralado
1 cs de óleo de coco
100 ml de água morna
Canela q.b.


PREPARAÇÃO:

Eu costumo ter batata doce cozida, mas se não tiver também resolvo rápido.
Enrolo uma batata doce com casca e lavada, em papel de cozinha e levo ao microondas na potência máxima cerca de 5 mins. Isto para uma batata média, ou seja, se for uma batata grande, precisa de mais tempo.
Reduzi a batata a puré e juntei a água e o óleo de coco.
Juntei a farinha de coco, o coco ralado e a canela a gosto.
A massa fica espessa mas é mesmo assim.
Aqueci uma frigideira de crepes e untei com óleo de coco.
Fui deitando pequenas porções de massa e espalmei com a espátula.
O lume não pode estar muito alto para não queimar.
Deixei cozinhar de um lado e do outro com cuidado porque a massa "parte-se" com facilidade.
A minha filha, mesmo não gostando das minhas "receitas horrivelmente saudáveis" como ela diz, dizia que cheirava a natal e andava de volta de mim. Depois é que associei o cheiro da batata doce e canela, era o recheio das azevias que a minha mãe costuma fazer.

Recheia-se a gosto, eu cobri com manteiga de coco caseira (receita aqui), abacate, mirtilos e coulis de morango (receita aqui).

Deu para 7 panquecas, comi 1 enquanto estava a cozinhar e depois mais 1 com abacate.
Isto porque são bastante saciantes 😊

E feliz dia da mãe 🌺🌺

6 de maio de 2017

Álcool, doenças auto-imunes e protocolo

O álcool não faz parte do protocolo paleo para auto-imunes. Claro que inicialmente, e para quem gosta de beber de vez em quando um copinho "terapêutico", acaba por sentir que lhes tiram todos os prazeres da vida. A primeira reflexão que se faz é que, já não basta retirar todos os lacticínios, cereais, grãos, depois suprimem-se os ovos, os frutos secos, os nightshades (ver aqui), sementes, café e cacau....e ainda vou ter que retirar o vinho!? Mas não dizem que um copo de vinho de vez em quando até é bom?

O consumo moderado de álcool (e não apenas de vinho tinto) parece proporcionar diversos benefícios para a saúde: promove a redução do risco de doenças cardiovasculares, reduz o risco de desenvolver diabetes tipo II, ajuda na prevenção da doença de Alzheimer e pode até mesmo reduzir o risco de alguns tipos de cancro. (Não se anime muito com a parte de prevenção de cancro ... pois mesmo o consumo moderado pode desencadear outro tipo de cancros). Embora o álcool não seja tecnicamente paleo, há evidências de que o homem pré-histórico teria ingerido fruta fermentada e provavelmente teria até ficado com um grão na asa de vez em quando. Quase todas as versões da dieta paleo toleram o consumo baixo ou moderado de álcool (geralmente restrito a álcool isentos de glúten, principalmente vinho e bebidas espirituosas), incluindo Loren Cordain e Robb Wolf. É um prazer neolítico que a maioria das pessoas seguindo uma dieta paleo ainda pode desfrutar.

Assim, com todas as pesquisas que suportam que o consumo moderado de álcool (especialmente vinho) é saudável, por que é então um problema para aqueles com doença auto-imune? Mais uma vez, resume-se ao facto de que aqueles com doença auto-imune têm sistemas mais sensíveis e enfrentam mais desafios para curar um intestino irritável, do que outros.


Por outro lado, é amplamente reconhecido que o consumo de álcool causa danos ao pâncreas, fígado e outros órgãos, mas também tem uma variedade de efeitos sobre as defesas naturais. Por exemplo, o álcool reduz a tosse e a depuração dos seus pulmões, o que aumenta o risco de pneumonia, bronquite e outras condições respiratórias. O álcool também suprime os mediadores inflamatórios que ajudam a combater a infecção, tornando essas infecções mais prováveis. A resposta do sistema imunológico é afectada de várias formas pelo consumo de álcool - incluindo contribuições para a imunodeficiência e, possivelmente, auto-imunidade - às vezes resultando numa função imune alterada e inflamação crónica, ambas características da doença auto-imune.


O consumo de álcool provoca directamente um aumento na permeabilidade intestinal - O álcool interfere directamente nas paredes intestinais provocando pequenos orifícios na barreira protectora do intestino. É importante referir que esses "buracos" que o álcool provoca na barreira epitelial do intestino são suficientemente grandes para permitir que algumas moléculas, nomeadamente as endotoxinas, passem para o interior do corpo. A endotoxina é uma proteína tóxica derivada das paredes celulares de bactérias gram-negativas, como E. Coli, que vivem nas nossas entranhas (geralmente no intestino grosso, mas muitas vezes no intestino delgado em pessoas com doença auto-imune). À medida que estas bactérias morrem (como parte do seu ciclo de vida normal), a endotoxina é libertada. Se entrar na corrente sanguínea, estimula a inflamação sistémica, estimula o sistema imunológico e danifica o fígado.

Normalmente, a maioria das bactérias que crescem em nossas entranhas são bactérias gram-positivas (embora a presença de algumas bactérias gram-negativas seja normal). O que significa gram-negativo e gram-positivo? Isto refere-se a uma técnica de coloração que diferencia entre estas duas classes principais de bactérias. Basicamente, as bactérias gram-negativas têm membranas / paredes celulares mais complexas e estas tendem a ser patogénicas (ou seja, causam doença). E. coli é um exemplo de uma bactéria gram-negativa. Lactobacillus (o probiótico encontrado em suplementos, iogurte e legumes fermentados) é um exemplo de bactérias gram-positivas. O busílis aqui é que o consumo de álcool alimenta bactérias gram-negativas como E. coli para criar um aumento anómalo destas bactérias mais tóxicas o que leva ao excesso de produção de endotoxina no intestino. O consumo excessivo de álcool também está correlacionado com o aumento de bactérias gram-negativas no trato digestivo superior, ou seja, no duodeno e, por vezes, até mesmo no estômago.

Assim, o álcool aumenta a produção de endotoxina dentro do intestino e aumenta a permeabilidade intestinal à endotoxina. Outra toxina que é produzida por bactérias gram-negativas e gram-positivas é chamada peptidoglicano (outro componente da parede celular que é libertado no intestino quando as bactérias morrem). Há evidências de que o álcool aumenta a permeabilidade ao peptidoglicano e que esta toxina é muito eficaz para estimular o sistema imunológico e causar inflamação.

Mesmo pequenas quantidades de álcool podem danificar o revestimento do intestino provocando danos na mucosa no intestino delgado superior com perda de epitélio nas extremidades das vilosidades intestinais e erosões hemorrágicas. Se isso pareceu muito grave, é porque é mesmo. É semelhante ao dano causado pelo glúten em doentes celíacos.

A maior parte da compreensão actual da relação entre o consumo de álcool e aumento da permeabilidade intestinal, vem de estudos de consumo crónico de álcool. Mas, há estudos para mostrar que esse dano ocorre mesmo de uma única bebida. Bebedores ocasionais, não danificam tanto os seus intestinos, porque ao não consumir tanta quantidade de álcool ao mesmo tempo, também dão mais tempo aos seus intestinos de recuperar.

E nos doentes auto-imunes? Se sofre de doença auto-imune, é portador de uma quantidade de genes que o torna mais susceptível ao desenvolvimento de um intestino permeável e de ter uma reação imune exagerada a determinadas substâncias. Isto significa que qualquer coisa que aumenta a permeabilidade intestinal deve ser evitada.

Além disso, o consumo de álcool afecta directamente seu sistema imunológico. As células imunes especializadas, chamadas células assassinas naturais, têm eficácia reduzida quando o álcool está na corrente sanguínea, e as células T também se tornam disfuncionais. São produzidas menos células B, embora a sua produção de anticorpos possa ser aumentada, e os anticorpos circulantes em bebedores pesados ​​têm sido supostamente ligados a condições auto-imunes.

Verificou-se que o metabolismo do etanol cria "neo-antígenos", que se ligam às proteínas normais do corpo e desencadeiam as células imunes ao ataque, levando alguns a acreditar que o fígado alcoólico e a doença pancreática podem ser fenómenos parcialmente auto-imunes. Há muitos relatos de taxas aumentadas de erupções auto-imunes com o consumo de álcool, especialmente no que diz respeito ao lúpus e artrite, embora nenhuma pesquisa humana séria esteja sendo conduzida.

Pesquisas em animais sugerem que algumas formas de álcool podem desencadear aumento da produção de alguns tipos de células imunes, conhecidas como células T reguladoras que ajudam a proteger o corpo contra um sistema imunológico hiperativo, incluindo o observado em doenças auto-imunes. Esta descoberta traz potenciais implicações para o tratamento de doenças auto-imunes, incluindo artrite reumatóide e diabetes tipo 1, embora muito mais pesquisa sobre as pessoas seja necessária antes de quaisquer recomendações sejam feitas. Portanto, o consumo de bebidas alcoólicas não é recomendado neste momento como um método eficaz de aumentar a atividade das células reguladoras e combater a doença auto-imune.

Assim, se está a cumprir o protocolo auto-imune com rigor, é provável que possa tolerar uma bebida ocasional (certifique-se de não consumir qualquer álcool à base de grãos, sobretudo cerveja e cerveja que contêm glúten). Chris Kresser coloca o limite em um copo de vinho de 150ml duas vezes por semana (ou quantidade equivalente de álcool mais pesado que não seja derivado de grãos como o rum, tequila, xerez, conhaque ou aguardente). No entanto, é aconselhado a evitar todo o álcool até que comece a ver algum resultado no protocolo auto-imune e que sinta a total (ou quase) regressão dos sintomas.

As reações ao álcool são extremamente variadas e estão relacionadas à quantidade e ao tipo de álcool consumido, bem como ao sexo, tamanho, peso e etnia. Algumas pessoas com reumatóide e outros tipos de artrite, por exemplo, relatam sentir mais dor e rigidez nas articulações dentro de uma hora de beber um copo de vinho ou outra bebida alcoólica . Mas esses relatórios são bastante variáveis.

O grande problema aqui é o álcool propriamente dito, o que significa que se cozinhar com vinho ou bebidas alcoólicas (onde o álcool é eliminado no processo de cozimento) é aceitável. Mas com uma advertência: algumas pessoas podem ser sensíveis ao conteúdo de levedura do vinho (o fermento utilizado na fermentação do vinho pode manifestar presença de glúten através de contaminação cruzada) ou aos sulfitos encontrados no vinho.

O álcool não traz nada de bom a sujeitos com intestino permeável e doença auto-imune. Mas uma vez que o seu corpo esteja recuperado, uma bebida ocasional é tolerada, assim como cozinhar com álcool. No entanto, mais uma vez, é preciso conhecer o seu corpo e aperceber-se dos seus limites. Dependendo da condição em questão, o teor de etanol pode ser o responsável por provocar uma crise ou agravamento do quadro clínico, por isso o melhor é mesmo deixar o copito para ocasiões mesmo muito especiais.
Fonte: https://www.thepaleomom.com/the-whys-behind-the-autoimmune-protocol-alcohol/
            http://www.autoimmunemom.com/diet/effects-alcohol-autoimmune-conditions.html

5 de maio de 2017

Maçã caramelizada com coco

Não sou muito de fazer grandes textos nas receitas que coloco aqui. Primeiro porque eu própria qd vou ver uma receita, nunca leio o blablabla, e depois porque nunca sei o que escrever. Por isso, vamos ao essencial.

Queria uma versão diferente da banana caramelizada (ver aqui) e resolvi fazer com maçã. Dá um apouco mais de trabalho, mas resulta na mesma ehehe.

Depois de algumas tentativas, a solução passa por se fazer assim:

INGREDIENTES:

1 maçã
Coco para panar
1 cs de óleo de coco
Canela q.b.


PREPARAÇÃO:

Aquecer uma frigideira anti-aderente com o óleo de coco.
Descascar a maçã e tirar o caroço com o descaroçador.
Cortar às rodelas grossas e deixar caramelizar lentamente no calor.
O lume tem de estar baixo, para ir cozinhando a maçã sem queimar.
Quando a maçã estiver a meio da cozedura, passa-se delicadamente por coco ralado e polvilha-se com canela e volta à frigideira para caramelizar o coco de um lado e do outro.

Banana frita com coco


É das sobremesas que mais gosto, simples e bem rápido de fazer.


Vão precisar de

INGREDIENTES:

1 banana madura
Coco ralado para panar
1 c. sopa de óleo de coco para fritar
Canela q.b



PREPARAÇÃO:

Aquecer uma frigideira anti-aderente com o óleo de coco.
Cortar a banana ao meio e depois no sentido longitudinal.
Passar a banana pelo coco ralado e fritar no óleo de coco. e polvilhar com canela a gosto.


Não há muito a dizer sobre isto, a não ser que é DE-LI-CI-O-SO!

Caldo de legumes caseiro

Com o que se gasta em legumes cá em casa, nunca faltam desperdícios. E custava-me um bocado não poder aproveitar as cascas e os talos. Então passei a aproveitá-los para fazer caldo de legumes caseiro. Assim dou mais sabor ao que cozinho e desperdiço muito menos.


À medida que vou usando os legumes, lavo-os antes de os descascar e vou guardando as cascas num saco no congelador. Costumo usar de cenoura, de courgette, de abóbora, rama de alho-francês, talos de couve, couve-flor ou brócolos. Quando tiver uma quantidade que eu vejo que me vai encher uma panela, descongelo e meto a cozer, com 3 ou 4 dentes de alho, 1 cebola (se não tiver rama de alho-francês), e uns pés de salsa, coentros e cebolinho, ou outras ervas frescas que tiver no momento em casa. Não costumo colocar nenhuma gordura porque nunca sei onde os vou usar e é mais fácil adicionar a gordura ao prato a confeccionar.


Deixo cozer e depois de cozido, deixo arrefecer no tacho. Depois de frio, escorro os legumes espremendo-os bem para libertarem todo o suco.



Depois encho forminhas de silicone e levo ao congelador.
Depois de congelados, desenformo e meto num saco com data marcada.
Assim, quando preciso, é só retirar um ou 2 blocos.





Serve para enriquecer e aromatizar estufados, assados, ou onde achar melhor. Nunca fui de usar caldos de legumes artificiais (não vou dizer a marca), mas destes assim, uso constantemente.

4 de maio de 2017

Couve fermentada

Primeira experiência a fermentar legumes.


Fiz com couve roxa. Ficou um mês a fermentar.:)  ;)





Benefícios dos legumes fermentados:

- Desintoxicam o organismo, incluindo de metais pesados.

- Contêm níveis de probióticos mais elevados do que os suplementos probióticos.

- Aumentam a absorção de minerais, que produzem nutrientes, como vitaminas do complexo B e vitamina K2 (vitamina K2 e vitamina D é necessária para a integração de cálcio nos ossos e mantê-lo fora de suas artérias, reduzindo assim o risco de doença arterial coronária e Acidente Vascular Cerebral)

- Prevenção da obesidade e diabetes, e regulando a absorção de gordura da dieta.

- Melhorar o seu humor, sono, saúde mental.

- Combate a candidíase.

- Melhora a digestão e na limpeza do tubo digestivo quando consumida nas refeições.

- Mantém os nutrientes e enzimas dos alimentos e ainda os potencializa. Por isso devem ser feitas com alimentos orgânicos.

São tantos os benefícios que as conservas são consideradas um superfood!

Existem infinitos modos de fazer conservas e os melhores alimentos para as conservas são: repolho, cenoura, pepino, gengibre, nabo, beringela, manga, tomate, alho, cebola, batata, beterraba.
..
No dia em que a meti no frasco


PREPARAÇÃO:

Usei uma couve roxa.

Cortei a couve em juliana muito fina.

Depois de cortar, mete-se o sal (Deitei uma pitada de sal (à proporção de 1 c. chá para 1 kg de couve)

Esfrega-se bem a couve e vai-se espremendo até começar a sair suco (demora ainda uns bons minutos).

Mete-se tudo num frasco de forma que fique coberto com o suco.

Por cima, coloquei as folhas de fora da couve que não aproveitei, e sobre elas, os talos para pressionar bem a couve dentro do suco.


A receita original está aqui: https://www.youtube.com/watch?v=d-dFNHzTXVc

Um mês depois ficou assim...

Espero que gostem.
















3 de maio de 2017

"Queijo" vegano

Não consumo lacticínios mas não significa que não sinta vontade de comer queijo :D

Anda a circular uma receita pela net que me pareceu muito bem e não podia perder muito tempo para a fazer. E o melhor de tudo é que tinha todos os ingredientes em casa para o poder fazer. Então esperar para quê? 

Mas vamos lá ao que interessa...


INGREDIENTES:

1 chávena de polvilho doce
1 chávena de polvilho azedo
1 c.chá de fermento biológico
Sal rosa
Orégãos a gosto
3 cs de azeite extra.virgem
200g de mandioca em puré
Sumo de 1/2 limão
Água q.b. (ao todo precisei de cerca de meia chávena)


PREPARAÇÃO:

Numa caçarola, colocar a mandioca a cozer.
Entretanto, numa taça, colocar os polvilhos, o fermento, o sal e os orégãos.
Misturar tudo muito bem.
Quando a mandioca estiver cozida, juntar aos ingredientes secos.
Aqui começa a dificuldade. Nunca tinha reduzido mandioca a puré e não fazia ideia que ficava uma massa elástica.
Custou um pouco juntar aos ingredientes secos e nesta fase, vai-se juntando aos poucos a água e amassando.
Vai-se juntando água (uns salpicos de cada vez) até a massa ficar homogénea mas elástica, como na foto do lado.
Esqueci-me de tirar fotos durante o processo, mas no fim deixo o link para a receita original e lá tem o vídeo descritivo.
Por fim, untar uma taça com azeite, tapar com película aderente e levar ao frio durante cerca de 2 horas (eu deixei cerca de 6).


Passado o tempo, retira-se do frio (o meu ficou como na foto do lado) e desenforma-se.
E está pronto a consumir :D





























De sabor está aprovado. E serve perfeitamente para colmatar os "desejos" de queijo.

Receita original: aqui

1 de maio de 2017

Fibromialgia, dor crónica e meditação

Há uns tempos, sempre que ouvia falar em meditação, vinham-me à mente imagens com pessoas em estado de transe, num ambiente com incensos e música indiana. Redutor, eu sei, mas era o que eu pensava. Por outro lado, achava que as pessoas que praticavam meditação, eram pessoas muito zen, muito "peace and love" e que viam a vida com outros olhos (sim, vi muitos filmes). E quando alguém me falava em meditação, nem deixava falar, dizendo logo que não era para mim, que eu era demasiado eléctrica para conseguir fazer meditação...e pior, achava que ainda me iria fazer mal (ok, agora podem rir!)

Mas, quis o destino...e o diagnóstico de Fibromialgia que a minha visão das coisas e do mundo mudasse radicalmente. Acredito que nada acontece por acaso (preciso mesmo acreditar nisso) e por sugestão da minha reumatologista, consultei uma terapeuta de psicomotricidade (ver aqui), que me ajudou a abrir a mente e a pensar além da doença. Sempre fui uma pessoa positiva, mas como toda a gente que recebe um diagnóstico de doença crónica, há dias em que andamos mais apreensivos. Com a minha terapeuta, aprendi que é possível haver uma co-existência minimamente equilibrada entre mim e a "dita". 

Desde o princípio ela percebeu que eu era de personalidade forte (outros dirão que é mau feitio!) e que era preciso ir com calma, pois eu era de ideias feitas. Meditação, relaxamento e blablabla, não era para mim. Até que ela me pediu para deitar na cadeira (semelhante à do dentista, mas só mesmo na parte confortável) e me tapou com uma manta começou a pedir para eu fechar os olhos e visualizar na minha mente determinadas situações que ela me ia pedindo. A voz suave que me mandava respirar muito lenta mas profundamente, a música tranquila (de sons de água porque eu tinha-lhe dito que adorava o mar), a luz ténue na sala e a minha vontade de esquecer por uns momentos as dores e deixar de me focar nelas, fizeram com que eu "me deixasse" levar. E só dei conta quando no fim da sessão, ela me chamou de volta à realidade e eu me apercebi que durante aquele tempo em que me libertei, deixei de sentir dor, la-estar, desconforto, tudo. Só sentia leveza, nada de dor, nada de calor na nuca, nada de rigidez, nada...Achei aquilo tão estranho. Como era possível aquilo ter acontecido? A mim? Logo a mim, que não acredito em nada disto. Sempre fui como S. Tomé e preciso de ver (ou que me aconteça) para crer.

A terapeuta explicou-me que o que tinhamos feito, eram exercícios mentais de relaxamento profundo. Tal como a meditação, ao desviarmos o nosso foco daquilo que nos incomoda (neste caso, a dor, o mal-estar e tudituditudo) conseguimos fazer com que a nossa mente se sobreponha aquilo que sentimos fisicamente.

Percebi que TALVEZ, devesse dar uma oportunidade à coisa e aprofundar um pouco mais. Certo é que aquele bem-estar se prolongou ainda durante umas horas. Não era impressão minha, não era sugestão, que eu não sou nada sugestionável, mas a verdade é que me sentia bem.

Por sugestão dela, comecei a ler mais sobre meditação guiada e apercebi-me que realmente a meditação traz imensos benefícios na nossa saúde. Entre eles:

  • Maior equilibrio emocional 
  • Maior serenidade 
  • Por reduzir o stress, tem efeitos anti-inflamatórios
  • Reduz a pressão arterial
  • Estimula o sistema imunológico
  • Melhora a qualidade dos sono
  • Aumenta a capacidade de processamento cerebral
  • Entre outros...

Por ter um temperamento inconformado, andei a pesquisar pelo You Tube e encontrei alguns links com exercícios (curtos,.. que eu não tinha tempo para perder).

E dia após dia, fui fazendo e acreditem que nos sentimos diferentes. Nunca fui uma pessoa rancorosa mas era mutio impulsiva. Com o tempo, aprendi a relativizar as coisas, aprendi a conviver com a minha "amiga" de forma nem sempre equilibrada, pois às vezes tenho que a deixar levar a dela avante...mas por pouco tempo!

Às vezes perguntam-me como consigo andar sempre bem disposta, mesmo tendo dores. Bem, algumas pessoas não acreditam sequer que eu possa estar doente, mas dessas não vamos falar. Mas o facto é que passei a aceitar melhor aquilo que eu não posso mudar. E a focar-me mais naquilo que eu consigo fazer e naquilo que consigo desfrutar. O resto, é o resto...

Mesmo com a filha em casa, eu pego muitas vezes no telemóvel e nos fones e digo-lhe para não me ir incomodar ao quarto até eu voltar. Diminuo a intensidade da luz no quarto, ponho os meus fones, e sentada confortavelmente na cama (para mim, é estar bem recostada desde a cabeça até à lombar e com uma almofada debaixo dos joelhos) escolho um vídeo e deixo-me ir. Acreditem que se eu consigo resultados, EU, a ultra-céptica, qualquer pessoa consegue.

Houve alturas em que tinha dificuldade em desligar o cérebro na altura de adormecer. Tinha sono, os olhos caíam de sono, mas o cérebro não desligava. E cheguei a adormecer com meditação guiada.

Deixo aqui alguns links, mas podem procurar outros. O You Tube está repleto de vídeos com as mais variadas aplicações e objectivos, basta escolherem aquilo que pretendem. Não sei explicar porquê, nem a minha terapeuta soube explicar, relaxo muito mais com vídeos com voz de homem, e nem todas as vozes me conseguem "desligar". Quando assim é, passo para outro.

Em inglês:
Acreditem que resulta, se estivermos dispostos a isso e a sair da nossa zona de conforto. E a vantagem é que pode ser feito em casa, na praia, no comboio, desde que tenha um tempinho e tiver forma de se "desligar" um bocadinho. Quando eu não tinha muito tempo, fazia um exercício curtinho (5 minutos) chamado coerência cardíaca. O link é este:
Já falei muitas vezes disto, e em momentos de crise ou quando começo a sentir "aquele" calor na nuca a querer espalhar-se para o resto do corpo, recorro a este exercício em S.O.S. e faz maravilhas. São 5 minutos a controlar a respiração, só isso.

Em dias em que me sinto mais ansiosa sem razão aparente, ou quando sinto os meus pensamentos mais soltos, e não me consigo concentrar, basta-me tirar uns minutos para mim e fico muito mais tranquila. Até a minha filha já diz, quando me vê mais inquieta e que eu não estou bem de maneira nenhuma (conhecem a sensação, certo?), "mamã porque não vais um cadinho para o quarto fazer aquilo que tu fazes?" e a verdade é que vou mesmo e nunca me arrependo.

Não pretendo converter ninguém com isto, mas acho que devemos todos dar uma oportunidade a terapias diferentes, que não têm efeitos secundários e que só nos trazem benefícios. E antes que digam que convosco não resulta, que não conseguem desligar-se, que isto ou aquilo (sim, também dizia o mesmo, por isso sei do que falo), tentem, dêem uma oportunidade mas de espírito aberto. Porque a vida vai muito além da dor e da doença. E é possível no meio de tudo o que passamos, haver um tempo e um espaço para cuidarmos do mais importante: do nosso "EU"!

Ceviche de salmão

Foi mesmo por curiosidade que decidi experimentar ceviche. Realmente é muito fácil de fazer e bastante saudável pois mantém os niveis de Omega-3 quase intactos uma vez que o salmão não vai ao calor.
Vi várias receitas na net e adaptei a minha versão, com alimentos permitidos no protocolo.

Fiz assim:

INGREDIENTES:

100 g de salmão cru
1 lima (só o sumo)
20 g de cebola
1 dente de alho
6 azeitonas
2 rabanetes
1/2 abacate
Cebolinho
Salsa
Coentros
Flor de sal
Azeite extra virgem

PREPARAÇÃO:

Cortar finamente o salmão, deitar numa taça com o sumo da lima e deixar marinar.
Cortar finamente a cebola, o alho, os rabanetes, as azeitonas e as ervas.
Juntar ao salmão e misturar com cuidado.
Cortar o abacate e juntar delicadamente.
Deitar o azeite e o sal a gosto e misturar.

Nunca tinha comido e adorei, fresco, fácil e nutritivo!



Manteiga de coco


Como estou no protocolo auto-imune, estou sempre à procura de receitas e alternativas práticas para poder implementar no meu dia a dia. Apetecia-me qualquer coisa doce mas nas que encontrava faltavam-me sempre ingredientes pois eram receitas estrangeiras. Mas havia um ingrediente bastante comum a muitas delas, a manteiga de coco. Nunca tinha comido, nem tinha feito e resolvi experimentar. E é tão simples de fazer...


INGREDIENTES:

200 g de coco ralado sem aditivos

PREPARAÇÃO:

Colocar o coco na Bimby e programar vel.5-7-9 e depois passar à 10.
Fazer pequenas pausas para baixar o que vai ficando agarrado às paredes do copo.
Continuar o processo até o coco se tornar manteiga.

Para quem não tem Bimby, também pode fazer noutro processador ou picadora, desde q tenha um motor potente e que faça em menor quantidade.

;)

30 de abril de 2017

Biscoitos sem ovo

Bem, isto de fazer biscoitos ou qualquer outra coisa semelhante sem ovo, sem recurso a farinha e manteiga de oleaginosas, é desafiante mas também só assim aprendemos.

Mas apetecia-me ter algo que eu pudesse trincar de vez em quando uma vez que nozes, amêndoas, etc, estão fora de questão...

Andei  a ver em sites estrangeiros (ainda há pouca coisa para auto-imunes em português), mas usam ingredientes que nós não temos aqui. Depois fui tentar adaptar uma receita da Bimby mas a textura dos ingredientes utilizados não permitem com facilidade, formar bolinhas ou outras formas, mas aqui a malta é persistente e não eram uns biscoitos que me iam dobrar.

Fui fazendo e pesando, e deu mais ou menos isto e explico porquê...estou habituada à textura da farinha de côco feita por mim (receita aqui), mas desta vez usei uma de compra, bio e caríssima e não gosto nada da textura desta. A que faço fica leve e fofa e esta deixa uma sensação farinhenta na boca que não me agrada muito. Mas gastei o dinheiro e tenho que a utilizar. Mas vamos lá à receita:

INGREDIENTES:

100 g de óleo de coco derretido
100 g de leite de coco
100 g de manteiga de coco
100 g de farinha de coco
5 tâmaras
Raspa de 1 lima
Canela q.b.
2 cs de farinha de alfarroba

PREPARAÇÃO:

Juntar num processador o leite de coco, a manteiga, o óleo de coco derretido e a tâmaras.
Triturar tudo para desfazer as tâmaras, eu preferi deixar uns pedacinhos.
Aos poucos ir juntando a farinha de coco.
Dependendo da textura da vossa farinha, podem precisar de ajustar as quantidades.
Se ficar líquido, juntar mais farinha.
Se ficar espesso, juntar mais leite de coco ou óleo.
Dividi a massa a meio, numa metade coloquei raspa de lima e canela e na outra, a farinha de alfarroba.
A massa fica farinhenta (esqueci-me de tirar foto do "antes") e custa uma bocado a ligar pela falta do ovo. A solução que encontrei foi de colocar pequenas quantidades no fundo das formas de silicone, pressionando um pouco para a massa ficar "unida" e formar o biscoito.
Vão ao forno pré-aquecido, cerca de 10 mins.

Importante -  Retirar das formas depois de completamente frios.

Acompanham bem com um chazinho.
Felizmente são bastante saciantes, e com um biscoito apenas fazemos a festa!


Obs. Se a massa ficar mais espessa nas formas, fica menos quebradiça.


29 de abril de 2017

Bolinhas de perú sem ovo



Nem sempre me apetece cozinhar, e dá sempre jeito ter qualquer coisa pronta para dias assim. Por isso, e porque tinha uns bifes de peru para gastar, resolvi fazer estas bolinhas.



INGREDIENTES:

350 g de peito de perú cru (era o que tinha para gastar)
1 cebola pequena
1 dente de alho
1 cenoura pequena
Uns pés de salsa
Uns pés de coentros
Uns pés de cebolinho
Sal
Azeite extra-virgem
50 g de farinha de mandioca


PREPARAÇÃO:

Colocar a cebola, a cenoura, o alho, o azeite,
as ervas no copo da Bimby e triturar uns segundos na vel. 5.
Juntar a carne e tritura-se 15 segs/ vel. 5.
Colocar 20g da farinha de mandioca (reservar o resto) e triturar mais 5 segs/ vel. 5.
Retirar e moldar pequenas bolas que se passam pela restante farinha de mandioca para panar.
Esta quantidade deu 16 bolinhas. 
Se preferir, congelar em saco próprio.
Para as cozinhar, levar a forno aquecido a 180º durante 15 minutos.



Sopa espinafres, coentros e menta


Sim gosto de sopa e quanto mais simples melhor. E se possível, alterar um pouco o sabor. Desta vez
saiu uma sopa cremosa, fina e ao mesmo tempo fresca.

INGREDIENTES:

1 courgette descascada
1 cebola 
1 cenoura
1 chuchu
2 dentes de alho
50g de folhas de espinafre
Uns bons pés de coentros
Umas folhas de menta
Água
Sal 
Azeite extra-virgem

PREPARAÇÃO NA BIMBY:

Descascar, lavar e cortar os legumes.
Colocar todos os legumes, os coentros e o sal.
Cobrir os legumes com água.
Tapar o copo e programar 25 min/ vel. 1/ temp. 100º.
Acabado o tempo, colocar as folhas de menta e um fio de azeite e programar 1 min/ vel. 3-5-7.

PREPARAÇÃO TRADICIONAL:

Preparar os legumes da mesma forma e levá-los a cozer numa panela com um pouco de sal e água a tapar os legumes.
Depois de cozido, juntar as folhas de menta e um fio de azeite e triturar com a varinha da sopa.


E é só! :D

28 de abril de 2017

Especiarias no protocolo auto-imune

As sementes não fazem parte do protocolo paleo-autoimune devido à sua propensão de potencializar a inflamação (de forma geral, contêm algumas lectinas, ácido fítico e têm um alto teor de ómega-6). Os legumes nightshades ou solanáceas (ver aqui) estão fora do protocolo devido ao seu alto teor de saponinas (que podem aumentar a permeabilidade do intestino e actuar como estimulante na resposta auto-imune. As especiarias da família de nightshades (sobretudo as pimentas) também contêm capsaicina (uma das substâncias químicas que a torna picante) que agridem intensamente o intestino.

Quando se trata de especiarias, descobrir quais as mais seguras, pode não ser tão fácil assim. Muitas especiarias vêm de sementes de plantas e algumas pertencem à família de nightshades. Mas quanto às especiarias que vêm da fruta ou de bagas de fruta, serão seguras?

Eu dividi as especiarias em várias categorias (se me esqueci de alguma, depois digam alguma coisa).
Ervas e outras especiarias derivadas das folhas de plantas perfumadas, são seguras para serem usadas na cozinha, assim como qualquer especiaria derivada de partes de plantas não reprodutivas.

Especiarias derivadas de bagas e frutos de plantas são para serem utilizadas com precaução. Isto porque estas contêm na sua génese mais semente do que fruto e acaba por consumir a semente moída. Aconselho a pôr para já de parte estas especiarias e mais tarde voltar a adicioná-las e observando se o seu organismo faz alguma reação ou não. Algumas pessoas constatam uma intolerância à pimenta, por exemplo, por isso há que agir com cautela.

Temperos provenientes de sementes também devem ser evitados no início. Dependendo das suas limitações auto-imunes,  algumas pessoas toleram pequenas doses de especiarias que provêm de sementes nas suas rotinas culinárias. mas de base, convêm evitar e mais tarde voltar a reintroduzir.

Especiarias da família nightshade causam perturbações inflamatórias na maioria das pessoas com auto-imunes. Por isso, não as reintroduza até que os sintomas da auto-imune estejam minimamente controlados. (sugiro começar com beringelas e pimentos antes de introduzir outros nightshades)

Especiarias seguras (folhas, flores, raízes e cascas)

Açafrão - pistilos
Alfazema - flor
Alho - bolbo
Erva cidreira - folhas
Camomila - flor
Canela de Ceilão e de Cássia - casca
Cebolinho - folhas
Cerefólio - folhas
Coentros - folhas
Cravo da Índia
Curcuma - raíz
Endro - folhas
Estragão - folhas
Gengibre - raíz
Hortelã - folhas
Louro -  folhas
Mangericão - folhas
Mangerona - folhas
Menta - folhas
Orégãos - folhas
Rosmaninho - folhas
Sal - mineral
Salsa - folhas
Sálvia - folhas
Segurelha - folhas
Tomilho - folhas

A utilizar com precaução (bagas e frutos) a eliminar na fase inicial:

Anis / erva-doce - semente
Baunilha - vagem
Cardamomo - semente
Cominhos - semente
Pimentas - grão

Eliminar (sementes de):

Aipo
Anis
Cardamomo
Coentro
Cominhos
Endro
Funcho
Mostarda
Noz-moscada
Papoila
Sésamo

Eliminar (nightshades):

Caril
Malaguetas
Pimento
Pimenta cayenne
Pimentão
Paprika

Misturas de especiarias comuns - de forma geral, recomendo não ingerir qualquer tipo de mistura de especiarias, umas vez que nem todos os ingredientes estão descritos na lista da sua composição. As mais frequentes e a evitar são:

Caril - mistura de especiarias que contém coentros, cominhos, feno-grego e pimenta vermelha
Mistura 5 especiarias chinesas - contém anis, sementes de funcho e pimenta de sishuan
Garam Masala - contém grãos de pimenta, sementes de cominhos e cascas de cardamomo
Tempero de bife - normalmente contém pimentas, noz-moscada, cominhos e pimenta cayenna

Espero que esta lista o ajude a perceber melhor o protocolo paleo auto-imune. Eu sei que pode ser tremendamente redutor, mas pense nas limitações que já tem com os sintomas da sua doença auto-imune e de como se vai sentir melhor depois que eliminar tudo aquilo que lhe é tóxico. Mas repare que a lista das especiarias e ervas permitidas ainda é bastante extensa e que lhe vai permitir excelentes refeições e com óptimos sabores.

Fonte: https://www.thepaleomom.com/spices-on-autoimmune-protocol/

Bolinhas de atum

Já tinha feito há algum tempo mas ainda não tinha colocado aqui.
A receita não é minha, é da página Paleo & Autismo (aqui) e blog (aqui) e vale a pena seguir tudinho!

INGREDIENTES:

3 latas de atum em azeite
3 ovos
1/4 cebola picada
20 g de salsa picada
Sal a gosto
100g de farinha de mandioca (+ 10 a 20g para panar)

PREPARAÇÃO:

Escorrer o atum e misturar  todos os ingredientes, até formar uma massa homogénea que dê para moldar.
Moldar pequenas bolas.
Passar pela farinha de mandioca para panar.
Forrar um tabuleiro com papel vegetal e levar ao forno a 180º por 10/15 mins ou até tostar.

Obs. Eu congelei alguns moldados mas antes de irem ao forno. Em S.O.S. basta descongelar e levar ao forno,

Coulis de framboesas e frutos do bosque


Por esquecimento, deixei descongelar um saco com framboesas e outro com frutos do bosque. Mas quando a cabeça não tem juízo...

Não ia deixar estragar e resolvi fazer um coulis com isso. E fiz em separado.

INGREDIENTES:

Framboesas congeladas ou frescas
Frutos do bosque


PREPARAÇÃO:

Como não queria usar açúcar, tinha que deixar apurar bem.
Num tachinho anti-aderente, deitei as frutas separadas, e com o lume muito baixinho, deixei cozer e absorver a própria água.
É preciso ir mexendo de vez em quando para evitar que queime ou pegue.
A fruta tem de ferver com o lume muito baixo para não criar aquela espuma de queimado.
Estas demoraram cerca de 40/45 mins cada um, mas depende da quantidade de fruta a fazer.
Sempre que tenho fruta a amadurecer e não dou conta do recado, faço isto.
Dá para qualquer fruta.

No frigorífico, aguentaram cerca de 2 semanas.

Pesto de espinafres com cogumelos

Adoro espinafres, mas cozinhados não aprecio tanto. O pesto torna-se assim uma boa alternativa e é tão fácil de fazer.

INGREDIENTES:

250 g de folhas de espinafre
4 cogumelos brancos grandes
2 dentes de alho
Azeite extra-virgem
Flor de sal

PREPARAÇÃO:

Colocar os ingredientes todos no copo da Bimby e programar 15 segs/ vel 5.
Abrir o copo, baixar os resíduos agarrados ao copo e voltar a programar 15 segs/ vel. 5.



Creme de legumes com couve lombarda

Eu adoro sopas, sobretudo as mais simples. As minhas bases nunca variam muito, depende sempre do que há no frigorífico. Como no protocolo paleo auto-imune se privilegia o consumo de legumes e vegetais, a melhor forma de o fazer é através do consumo de sopas, de acordo com as minhas rotinas alimentares.

Esta fiz assim:

INGREDIENTES:

1 cebola média
3 dentes de alho
2 ou 3 floretes de couve-flor
1 chuchu
1 courgette descascada (não gosto da acidez da casca)
1 cenoura
1/4 de uma couve lombarda
Água
Sal q.b.
Azeite extra-virgem

PREPARAÇÃO NA BIMBY:

Descascar, lavar e cortar os legumes excepto a couve lombarda e colocá-los no copo com um pouco de sal e cobri-los com água. Colocar a tampa no copo.
Entretanto, cortar a couve lombarda em juliana grossa e lavar.
Colocar a couve na Varoma e colocar esta sobre o copo.
Programar a Bimby a 25 mins/ temp. varoma/ vel.1.
No fim desse tempo, retirar a Varoma e colocar o copinho de medida.
Triturar a sopa, programando 1 min/ vel 3-5-7.
De seguida, juntar a couve à sopa e se necessário mais um pouco de água se o puré estiver muito espesso. (Eu prefiro deixar mais espesso e se necessário acrescento água. Se colocar logo muita água na cozedura, acaba por ficar um caldo muito líquido)
Colocar um fio de azeite e programar 15 segs/ vel 3/ colher inversa.

PREPARAÇÃO TRADICIONAL:

Descascar, lavar e cortar os legumes excepto a couve lombarda e colocá-los numa panela ao lume com um pouco de sal e cobri-los com água. Colocar a tampa e deixar cozer.
Entretanto, cortar a couve lombarda em juliana grossa e lavar.
Colocar a couve num tachinho à parte, com pouca água e umas pedras de sal e vai ao lume a cozer.
Quando os legumes estiverem cozidos, triturar com a varinha da sopa até ficar um creme.
De seguida, juntar a couve à sopa, com a água da cozedura, se o puré estiver espesso.
(Eu prefiro deixar mais espesso e se necessário acrescento água. Se colocar logo muita água na cozedura, acaba por ficar um caldo muito líquido)
Colocar um fio de azeite e mexer.

Bom apetite!

25 de abril de 2017

Puré de brócolos com coentros

Adoro purés e este não é excepção, desta vez usei o brócolo inteiro e ficou muito bom na mesma. Ficou mais claro do que o costume, mas assim também não desperdicei nada.

Fiz assim:

INGREDIENTES:

1 pé de brócolo inteiro (com talo)
Água
Sal
Azeite extra-virgem
2 dentes de alho
Creme de coco
Coentros q.b.

PREPARAÇÃO: (na Bimby)

Colocar cerca de 500g de água com sal.
Colocar o cesto dentro do copo.
No cesto, colocam-se os floretes de brócolo e o talo cortado aos pedaços.
Programa-se 25 minutos/vel 1/ temp. varoma
Acabando  tempo, retira-se o cesto e escorre-se a água.
Colocam-se os brócolos no copo junto com os dentes de alho, os coentros frescos com um fio de azeite e uma noz de creme de coco.
Tritura-se uns segundos na velocidade 5 até ficar um creme homogéneo.
Rectificam-se os temperos e serve-se bem quentinho.

PREPARAÇÃO: (tradicional)

Num tacho com água e sal, deitam-se os brócolos cortados em floretes e o talo cortado aos pedaços.
Deixa-se cozer até os talos ficarem macios.
Depois de cozido, escorre-se a água, junta-se o alho e os coentros, e reduz-se tudo a puré.
Colocam-se os temperos (azeite e creme de coco) e mexe-se até ficar um creme homogéneo.
Servir bem quentinho!