30 de abril de 2017

Biscoitos sem ovo

Bem, isto de fazer biscoitos ou qualquer outra coisa semelhante sem ovo, sem recurso a farinha e manteiga de oleaginosas, é desafiante mas também só assim aprendemos.

Mas apetecia-me ter algo que eu pudesse trincar de vez em quando uma vez que nozes, amêndoas, etc, estão fora de questão...

Andei  a ver em sites estrangeiros (ainda há pouca coisa para auto-imunes em português), mas usam ingredientes que nós não temos aqui. Depois fui tentar adaptar uma receita da Bimby mas a textura dos ingredientes utilizados não permitem com facilidade, formar bolinhas ou outras formas, mas aqui a malta é persistente e não eram uns biscoitos que me iam dobrar.

Fui fazendo e pesando, e deu mais ou menos isto e explico porquê...estou habituada à textura da farinha de côco feita por mim (receita aqui), mas desta vez usei uma de compra, bio e caríssima e não gosto nada da textura desta. A que faço fica leve e fofa e esta deixa uma sensação farinhenta na boca que não me agrada muito. Mas gastei o dinheiro e tenho que a utilizar. Mas vamos lá à receita:

INGREDIENTES:

100 g de óleo de coco derretido
100 g de leite de coco
100 g de manteiga de coco
100 g de farinha de coco
5 tâmaras
Raspa de 1 lima
Canela q.b.
2 cs de farinha de alfarroba

PREPARAÇÃO:

Juntar num processador o leite de coco, a manteiga, o óleo de coco derretido e a tâmaras.
Triturar tudo para desfazer as tâmaras, eu preferi deixar uns pedacinhos.
Aos poucos ir juntando a farinha de coco.
Dependendo da textura da vossa farinha, podem precisar de ajustar as quantidades.
Se ficar líquido, juntar mais farinha.
Se ficar espesso, juntar mais leite de coco ou óleo.
Dividi a massa a meio, numa metade coloquei raspa de lima e canela e na outra, a farinha de alfarroba.
A massa fica farinhenta (esqueci-me de tirar foto do "antes") e custa uma bocado a ligar pela falta do ovo. A solução que encontrei foi de colocar pequenas quantidades no fundo das formas de silicone, pressionando um pouco para a massa ficar "unida" e formar o biscoito.
Vão ao forno pré-aquecido, cerca de 10 mins.

Importante -  Retirar das formas depois de completamente frios.

Acompanham bem com um chazinho.
Felizmente são bastante saciantes, e com um biscoito apenas fazemos a festa!


Obs. Se a massa ficar mais espessa nas formas, fica menos quebradiça.


29 de abril de 2017

Bolinhas de perú sem ovo



Nem sempre me apetece cozinhar, e dá sempre jeito ter qualquer coisa pronta para dias assim. Por isso, e porque tinha uns bifes de peru para gastar, resolvi fazer estas bolinhas.



INGREDIENTES:

350 g de peito de perú cru (era o que tinha para gastar)
1 cebola pequena
1 dente de alho
1 cenoura pequena
Uns pés de salsa
Uns pés de coentros
Uns pés de cebolinho
Sal
Azeite extra-virgem
50 g de farinha de mandioca


PREPARAÇÃO:

Colocar a cebola, a cenoura, o alho, o azeite,
as ervas no copo da Bimby e triturar uns segundos na vel. 5.
Juntar a carne e tritura-se 15 segs/ vel. 5.
Colocar 20g da farinha de mandioca (reservar o resto) e triturar mais 5 segs/ vel. 5.
Retirar e moldar pequenas bolas que se passam pela restante farinha de mandioca para panar.
Esta quantidade deu 16 bolinhas. 
Se preferir, congelar em saco próprio.
Para as cozinhar, levar a forno aquecido a 180º durante 15 minutos.



Sopa espinafres, coentros e menta


Sim gosto de sopa e quanto mais simples melhor. E se possível, alterar um pouco o sabor. Desta vez
saiu uma sopa cremosa, fina e ao mesmo tempo fresca.

INGREDIENTES:

1 courgette descascada
1 cebola 
1 cenoura
1 chuchu
2 dentes de alho
50g de folhas de espinafre
Uns bons pés de coentros
Umas folhas de menta
Água
Sal 
Azeite extra-virgem

PREPARAÇÃO NA BIMBY:

Descascar, lavar e cortar os legumes.
Colocar todos os legumes, os coentros e o sal.
Cobrir os legumes com água.
Tapar o copo e programar 25 min/ vel. 1/ temp. 100º.
Acabado o tempo, colocar as folhas de menta e um fio de azeite e programar 1 min/ vel. 3-5-7.

PREPARAÇÃO TRADICIONAL:

Preparar os legumes da mesma forma e levá-los a cozer numa panela com um pouco de sal e água a tapar os legumes.
Depois de cozido, juntar as folhas de menta e um fio de azeite e triturar com a varinha da sopa.


E é só! :D

28 de abril de 2017

Especiarias no protocolo auto-imune

As sementes não fazem parte do protocolo paleo-autoimune devido à sua propensão de potencializar a inflamação (de forma geral, contêm algumas lectinas, ácido fítico e têm um alto teor de ómega-6). Os legumes nightshades ou solanáceas (ver aqui) estão fora do protocolo devido ao seu alto teor de saponinas (que podem aumentar a permeabilidade do intestino e actuar como estimulante na resposta auto-imune. As especiarias da família de nightshades (sobretudo as pimentas) também contêm capsaicina (uma das substâncias químicas que a torna picante) que agridem intensamente o intestino.

Quando se trata de especiarias, descobrir quais as mais seguras, pode não ser tão fácil assim. Muitas especiarias vêm de sementes de plantas e algumas pertencem à família de nightshades. Mas quanto às especiarias que vêm da fruta ou de bagas de fruta, serão seguras?

Eu dividi as especiarias em várias categorias (se me esqueci de alguma, depois digam alguma coisa).
Ervas e outras especiarias derivadas das folhas de plantas perfumadas, são seguras para serem usadas na cozinha, assim como qualquer especiaria derivada de partes de plantas não reprodutivas.

Especiarias derivadas de bagas e frutos de plantas são para serem utilizadas com precaução. Isto porque estas contêm na sua génese mais semente do que fruto e acaba por consumir a semente moída. Aconselho a pôr para já de parte estas especiarias e mais tarde voltar a adicioná-las e observando se o seu organismo faz alguma reação ou não. Algumas pessoas constatam uma intolerância à pimenta, por exemplo, por isso há que agir com cautela.

Temperos provenientes de sementes também devem ser evitados no início. Dependendo das suas limitações auto-imunes,  algumas pessoas toleram pequenas doses de especiarias que provêm de sementes nas suas rotinas culinárias. mas de base, convêm evitar e mais tarde voltar a reintroduzir.

Especiarias da família nightshade causam perturbações inflamatórias na maioria das pessoas com auto-imunes. Por isso, não as reintroduza até que os sintomas da auto-imune estejam minimamente controlados. (sugiro começar com beringelas e pimentos antes de introduzir outros nightshades)

Especiarias seguras (folhas, flores, raízes e cascas)

Açafrão - pistilos
Alfazema - flor
Alho - bolbo
Erva cidreira - folhas
Camomila - flor
Canela de Ceilão e de Cássia - casca
Cebolinho - folhas
Cerefólio - folhas
Coentros - folhas
Cravo da Índia
Curcuma - raíz
Endro - folhas
Estragão - folhas
Gengibre - raíz
Hortelã - folhas
Louro -  folhas
Mangericão - folhas
Mangerona - folhas
Menta - folhas
Orégãos - folhas
Rosmaninho - folhas
Sal - mineral
Salsa - folhas
Sálvia - folhas
Segurelha - folhas
Tomilho - folhas

A utilizar com precaução (bagas e frutos) a eliminar na fase inicial:

Anis / erva-doce - semente
Baunilha - vagem
Cardamomo - semente
Cominhos - semente
Pimentas - grão

Eliminar (sementes de):

Aipo
Anis
Cardamomo
Coentro
Cominhos
Endro
Funcho
Mostarda
Noz-moscada
Papoila
Sésamo

Eliminar (nightshades):

Caril
Malaguetas
Pimento
Pimenta cayenne
Pimentão
Paprika

Misturas de especiarias comuns - de forma geral, recomendo não ingerir qualquer tipo de mistura de especiarias, umas vez que nem todos os ingredientes estão descritos na lista da sua composição. As mais frequentes e a evitar são:

Caril - mistura de especiarias que contém coentros, cominhos, feno-grego e pimenta vermelha
Mistura 5 especiarias chinesas - contém anis, sementes de funcho e pimenta de sishuan
Garam Masala - contém grãos de pimenta, sementes de cominhos e cascas de cardamomo
Tempero de bife - normalmente contém pimentas, noz-moscada, cominhos e pimenta cayenna

Espero que esta lista o ajude a perceber melhor o protocolo paleo auto-imune. Eu sei que pode ser tremendamente redutor, mas pense nas limitações que já tem com os sintomas da sua doença auto-imune e de como se vai sentir melhor depois que eliminar tudo aquilo que lhe é tóxico. Mas repare que a lista das especiarias e ervas permitidas ainda é bastante extensa e que lhe vai permitir excelentes refeições e com óptimos sabores.

Fonte: https://www.thepaleomom.com/spices-on-autoimmune-protocol/

Bolinhas de atum

Já tinha feito há algum tempo mas ainda não tinha colocado aqui.
A receita não é minha, é da página Paleo & Autismo (aqui) e blog (aqui) e vale a pena seguir tudinho!

INGREDIENTES:

3 latas de atum em azeite
3 ovos
1/4 cebola picada
20 g de salsa picada
Sal a gosto
100g de farinha de mandioca (+ 10 a 20g para panar)

PREPARAÇÃO:

Escorrer o atum e misturar  todos os ingredientes, até formar uma massa homogénea que dê para moldar.
Moldar pequenas bolas.
Passar pela farinha de mandioca para panar.
Forrar um tabuleiro com papel vegetal e levar ao forno a 180º por 10/15 mins ou até tostar.

Obs. Eu congelei alguns moldados mas antes de irem ao forno. Em S.O.S. basta descongelar e levar ao forno,

Coulis de framboesas e frutos do bosque


Por esquecimento, deixei descongelar um saco com framboesas e outro com frutos do bosque. Mas quando a cabeça não tem juízo...

Não ia deixar estragar e resolvi fazer um coulis com isso. E fiz em separado.

INGREDIENTES:

Framboesas congeladas ou frescas
Frutos do bosque


PREPARAÇÃO:

Como não queria usar açúcar, tinha que deixar apurar bem.
Num tachinho anti-aderente, deitei as frutas separadas, e com o lume muito baixinho, deixei cozer e absorver a própria água.
É preciso ir mexendo de vez em quando para evitar que queime ou pegue.
A fruta tem de ferver com o lume muito baixo para não criar aquela espuma de queimado.
Estas demoraram cerca de 40/45 mins cada um, mas depende da quantidade de fruta a fazer.
Sempre que tenho fruta a amadurecer e não dou conta do recado, faço isto.
Dá para qualquer fruta.

No frigorífico, aguentaram cerca de 2 semanas.

Pesto de espinafres com cogumelos

Adoro espinafres, mas cozinhados não aprecio tanto. O pesto torna-se assim uma boa alternativa e é tão fácil de fazer.

INGREDIENTES:

250 g de folhas de espinafre
4 cogumelos brancos grandes
2 dentes de alho
Azeite extra-virgem
Flor de sal

PREPARAÇÃO:

Colocar os ingredientes todos no copo da Bimby e programar 15 segs/ vel 5.
Abrir o copo, baixar os resíduos agarrados ao copo e voltar a programar 15 segs/ vel. 5.



Creme de legumes com couve lombarda

Eu adoro sopas, sobretudo as mais simples. As minhas bases nunca variam muito, depende sempre do que há no frigorífico. Como no protocolo paleo auto-imune se privilegia o consumo de legumes e vegetais, a melhor forma de o fazer é através do consumo de sopas, de acordo com as minhas rotinas alimentares.

Esta fiz assim:

INGREDIENTES:

1 cebola média
3 dentes de alho
2 ou 3 floretes de couve-flor
1 chuchu
1 courgette descascada (não gosto da acidez da casca)
1 cenoura
1/4 de uma couve lombarda
Água
Sal q.b.
Azeite extra-virgem

PREPARAÇÃO NA BIMBY:

Descascar, lavar e cortar os legumes excepto a couve lombarda e colocá-los no copo com um pouco de sal e cobri-los com água. Colocar a tampa no copo.
Entretanto, cortar a couve lombarda em juliana grossa e lavar.
Colocar a couve na Varoma e colocar esta sobre o copo.
Programar a Bimby a 25 mins/ temp. varoma/ vel.1.
No fim desse tempo, retirar a Varoma e colocar o copinho de medida.
Triturar a sopa, programando 1 min/ vel 3-5-7.
De seguida, juntar a couve à sopa e se necessário mais um pouco de água se o puré estiver muito espesso. (Eu prefiro deixar mais espesso e se necessário acrescento água. Se colocar logo muita água na cozedura, acaba por ficar um caldo muito líquido)
Colocar um fio de azeite e programar 15 segs/ vel 3/ colher inversa.

PREPARAÇÃO TRADICIONAL:

Descascar, lavar e cortar os legumes excepto a couve lombarda e colocá-los numa panela ao lume com um pouco de sal e cobri-los com água. Colocar a tampa e deixar cozer.
Entretanto, cortar a couve lombarda em juliana grossa e lavar.
Colocar a couve num tachinho à parte, com pouca água e umas pedras de sal e vai ao lume a cozer.
Quando os legumes estiverem cozidos, triturar com a varinha da sopa até ficar um creme.
De seguida, juntar a couve à sopa, com a água da cozedura, se o puré estiver espesso.
(Eu prefiro deixar mais espesso e se necessário acrescento água. Se colocar logo muita água na cozedura, acaba por ficar um caldo muito líquido)
Colocar um fio de azeite e mexer.

Bom apetite!

25 de abril de 2017

Puré de brócolos com coentros

Adoro purés e este não é excepção, desta vez usei o brócolo inteiro e ficou muito bom na mesma. Ficou mais claro do que o costume, mas assim também não desperdicei nada.

Fiz assim:

INGREDIENTES:

1 pé de brócolo inteiro (com talo)
Água
Sal
Azeite extra-virgem
2 dentes de alho
Creme de coco
Coentros q.b.

PREPARAÇÃO: (na Bimby)

Colocar cerca de 500g de água com sal.
Colocar o cesto dentro do copo.
No cesto, colocam-se os floretes de brócolo e o talo cortado aos pedaços.
Programa-se 25 minutos/vel 1/ temp. varoma
Acabando  tempo, retira-se o cesto e escorre-se a água.
Colocam-se os brócolos no copo junto com os dentes de alho, os coentros frescos com um fio de azeite e uma noz de creme de coco.
Tritura-se uns segundos na velocidade 5 até ficar um creme homogéneo.
Rectificam-se os temperos e serve-se bem quentinho.

PREPARAÇÃO: (tradicional)

Num tacho com água e sal, deitam-se os brócolos cortados em floretes e o talo cortado aos pedaços.
Deixa-se cozer até os talos ficarem macios.
Depois de cozido, escorre-se a água, junta-se o alho e os coentros, e reduz-se tudo a puré.
Colocam-se os temperos (azeite e creme de coco) e mexe-se até ficar um creme homogéneo.
Servir bem quentinho!

Protocolo auto-imune

 As doenças auto-imunes estão a atingir níveis epidemiológicos na nossa sociedade, atingindo cerca de 10% da população mundial. Uma predisposição genética é responsável por cerca de 1/3 das doenças, sendo que os restantes 2/3 dependem da dieta, do ambiente em que nos inserimos e dos estilo de vida que levamos. De tal forma, que as doenças auto-imunes já estão na mesma categoria que a diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e obesidade. Isto significa que mudando o que comemos e a forma como vivemos, podemos fazer regredir estas doenças.


Existem mais de 100 doenças auto-imunes confirmadas e muitas ainda não identificadas, terão uma origem auto-imune (lista completa aqui). A raíz de todas estas doenças é a mesma: o nosso sistema imunitário que supostamente nos devia proteger de microorganismos invasores, em vez disso, vira-se contra nós e ataca as nossas proteínas, células e tecidos. O protocolo auto-imune é uma poderosa estratégia que combina alimentação e hábitos de vida que estimula o sistema imunitário, minimizando a sintomatologia e dando uma oportunidade ao corpo de se regenerar.

O protocolo auto-imune é uma versão mais especializada da dieta paleo, mas com maior foco na densidade nutricional e com directrizes mais restritas de alimentos a serem eliminados. Os alimentos podem ser vistos como tendo dois tipos de constituintes: os que promovem a saúde (como nutrientes), e os que prejudicam a saúde (como compostos inflamatórios). Alguns alimentos são bastante benéficos tais como carne de origem orgânica, peixe e a maioria dos vegetais. Outro alimentos são comprovadamente inflamatórios, tais como alimentos à base de glúten, cereais, amendoins e soja. E existem ainda alimentos considerados na zona cinzenta que se situam entre os dois pólos. A diferença entre a dieta paleo e o protocolo auto-imune é que a linha entre os alimentos permitidos e os proibidos é bem mais definida e não se consomem alimentos da considerada zona cinzenta.

O protocolo auto-imune foca-se em alimentos nutricionalmente mais densos, como carne orgânica, frutos do mar e vegetais. E elimina alimentos que são permitidos na paleo mas que podem eventualmente estimular o sistema imunitário ou prejudicar o intestino, tais como os nightshades ou solanáceas (tomate, batata branca, pimentos, pimenta e bagas de goji), ovos, frutos secos, sementes e álcool. O objectivo é enriquecer o corpo de nutrientes e simultaneamente eliminar todo e qualquer alimento que possa contribuir para aumentar a resposta inflamatória. Ao fim de algum tempo, e depois dos sintomas controlados, é possível voltar a introduzi-los nas nossas rotinas alimentares.

Se por um lado a dieta paleo é rotulada de enfadonha, os seus benefícios para a saúde são reconhecidos por estudos científicos. Estes provam que supera até outras dietas recomendadas (como a dieta mediterrânica) em processos de emagrecimento, controlo da diabetes, melhoria de condições cardio-vasculares e reversão da síndroma metabólica. E como se ainda não fosse suficiente, existem milhares de casos de sucesso de pessoas que melhoraram a sua qualidade de vida depois de aderir à dieta paleo, incluindo também o protocolo auto-imune, revertendo completamente algumas situações crónicas.



COMO FUNCIONA O PROTOCOLO AUTO-IMUNE?

O Protocolo Auto-imune (PAI) resulta pela abordagem de quatro áreas-chave que sabemos ter um contributo importante em doenças crónicas e auto-imunes. Tendo como base mais de 1200 informações obtidas de estudos científicos, essas recomendações de dieta e estilo de vida visam especificamente:



1 - Densidade de nutrientes

O sistema imunológico, assim como todos os sistemas do nosso corpo, requer uma série de vitaminas, minerais, anti-oxidantes, ácidos gordos essenciais e aminoácidos para funcionar normalmente. As deficiências de micronutrientes e desequilíbrios são os principais intervenientes no desenvolvimento e progressão da doença auto-imune. Concentrar-se em consumir os alimentos mais densos em nutrientes disponíveis permite um excesso sinergético de micronutrientes para corrigir as deficiências e desequilíbrios, estimulando a regulação do sistema imunológico, sistema hormonal, sistemas de desintoxicação e produção de neuro-transmissores. Uma dieta densa em nutrientes permite ao corpo regenerar os tecidos danificados.

2 - Saúde intestinal

A disbiose intestinal e o intestino permeável são facilitadores essenciais no desenvolvimento de doenças auto-imunes. Os alimentos recomendados no PAI promovem o crescimento de níveis saudáveis e uma variedade saudável de microorganismo intestinais. Os alimentos que irritam ou danificam revestimento do intestino são evitados, enquanto se promove a ingestão de alimentos que ajudam a restaurar a barreira intestinal e a cura.

3 - Regulação hormonal

O que comemos, quando comemos, e a quantidade que comemos, afectam uma variedade de hormonas que interagem com o sistema imunológico. Quando os factores dietéticos desregulam essas hormonas, o sistema imunológico é directamente afectado. O PAI promove a regulação dessas hormonas, regulando assim o sistema imunológico por arrasto. Essas e outras hormonas essenciais que afectam o sistema imunológico também são profundamente afectados pela quantidade de sono que dormimos, quanto tempo passamos ao ar livre, que tipo de actividades temos e da forma como gerimos o stress.

4 - Regulação do sistema imunitário
A regulação imunológica é conseguida através do restabelecimento de uma diversidade saudável e de quantidades saudáveis de microorganismos intestinais, restaurando a função da barreira intestinal, fornecendo quantidades suficientes necessários para o sistema imunitário funcionar normalmente. Regulando as hormonas-chave, também o sistema imunitário fica regulado.


A inflamação é um factor principal em todas as doenças crónicas e o que comemos interfere directamente na forma como ela se manifesta. E em alguns casos, em que o sistema imunitário não está afinado de forma correcta, causa directamente a doença. Noutros casos, a inflamação é apenas um dos elementos da doença ou contribui para a forma como a doença surgiu, mas tem sempre um papel importante e acaba por ser um problema.

O que significa que, reduzir a inflamação e dar ao sistema imunológico os recursos de que necessita, bem como a oportunidade de se regular, pode ajudar em cada doença crónica. E isso é importante na medida em que a inflamação é fortemente influenciada pelo que comemos, quanto dormimos, da nossa actividade e da forma como gerimos o stress. É por essa razão também que a doença crónica responde de forma tão positiva a mudanças na dieta e estilo de vida.

A alimentação tem um potencial terapêutico para a doença crónica, mas não significa que se possa chamar a alimentação de cura. Dependendo da doença contra a qual está lutando, há quanto tempo padece dela e de quão agressiva é a doença, as mudanças alimentares podem levar a uma reversão completa da doença, retardar o seu progresso ou podem simplesmente melhorar a sua qualidade de vida. A alimentação apropriada pode não ser a cura milagrosa de que está à espera, mas tem um grande peso.

Ao adoptar o Protocolo Paleo Auto-imune, as suas escolhas alimentares são focadas no consumo de nutrientes para apoiar esta cura - alimentos que fornecem tudo o que o seu corpo precisa para deixar de se atacar a si mesmo, reparar tecidos danificados e recuperar uma vida saudável. Para isso, precisa de proteínas, hidratos de carbono e gorduras para manter um metabolismo normal, construir novos tecidos e produzir hormonas, proteínas importantes e moléculas essenciais. A gama completa de vitaminas lipossolúveis, vitaminas hidrolisáveis , minerais e antioxidantes para se livrar da inflamação, permitem regular o sistema imunológico e estimular o normal funcionamento de todos os sistemas do organismo.



O QUE COMER E O QUE EVITAR

Seguir o Protocolo Auto-imune envolve aumentar a ingestão de alimentos nutricionalmente densos, promovendo a saúde, e evitar alimentos que podem contribuir para a sua doença.

Resumindo, as regras do que comer são:
  • Carne de orgãos e miudezas - mínimo de 5 vezes/semana mas quantas mais, melhor
  • Peixe e marisco (preferencialmente selvagem) - mínimo 3 vezes/semana mas se for mais, melhor
  • Legumes de todos os tipos, quanto mais variados e coloridos, melhor - tente 8 a 14 porções/dia
  • Vegetais verdes
  • Vegetais crucíferos (brócolos, repolho, couve, nabos, rúcula, couve-flor, couve de Bruxelas, agrião, etc.)
  • Legumes de mar (excluindo as algas Chlorella e Spirulina que são imuno-estimuladores)
  • Fungos comestíveis (como cogumelos)
  • Ervas e especiarias
  • Carnes de qualidade (preferencialmente de pasto selvagem) aves de capoeira com moderação devido ao alto teor de omega 6, (a menos que esteja a consumir toneladas de peixe)
  • Gorduras de qualidade (gorduras de animais alimentadas a pasto, peixe gordo, azeitona, abacate, côco)
  • Fruta (mantendo a ingestão de frutose entre 10 a 20 g/dia)
  • Probióticos/ alimentos fermentados (legumes ou frutas fermentados, kombucha, kefir de água, kefir de leite de côco, iogurte de leite de côco, suplementos)
  • Alimentos ricos em glicina (qualquer coisa com tecido conjuntivo, articulações ou pele, carne de órgão e caldo de ossos)
  • Procure a melhor qualidade possível dos alimentos que consome.
  • Coma o mais variado possível
Remova os seguintes alimentos da sua dieta:
  • Grãos 
  • Leguminosas
  • Lacticínios
  • Açúcares e óleos refinados e processados
  • Ovos (especialmente a clara) (ver aqui)
  • Frutos oleaginosos (ver aqui)
  • Sementes (incluindo cacau, café e especiarias à base de sementes) (ver aqui)
  • Nighshades (ver aqui)
  • Alimentos com glúten
  • Alcóol (ver aqui)
  • AINE's (como aspirina e ibuprofeno)
  • Edulcorantes não nutritivos (stevia incluido)
  • Emulsificantes, espessantes e outros aditivos alimentares
Modere a ingestão dos seguintes alimentos:
  • Frutose (de frutas e alimentos ricos em amido até um máximo de 25g/dia)
  • Sal (usando apenas sal não refinado)
  • Frutas e vegetais de moderada e alta carga glicémica (frutas secas e raízes)
  • Alimentos ricos em ácidos graxos poliinsaturados Omega-6 (como aves de capoeira e cortes mais gordos de carne produzida industrialmente)
  • Chá preto e verde
  • Coco
Esta dieta é apropriada para todas as doenças auto-imunes diagnosticadas ou suspeita de doença auto-imune. É uma dieta extremamente rica em nutrientes e desprovida de alimentos que irritam o intestino ou causem disbiose intestinal. Ao ingerir estes alimentos, não estará a perder nutrientes e é adaptada para seguir para o resto da vida, se assim for necessário.Se tem alguma doença auto-imune que lhe provoque sensibilidades alimentares extra, esses alimentos devem ser tidos também em conta nas suas escolhas alimentares.

Estilo de vida

Não devemos esquecer que aliado a uma alimentação equilibrada, é preciso não descurar outros factores, tais como:
  • Dormir o suficiente (pelo menos 8 a 10 horas por noite)
  • Gerir e controlar o stress ( a meditação é uma óptima ferramenta) 
  • Proteger os ritmos circadianos (estar fora de casa durante o dia, estar no escuro à noite evitando as luzes brilhantes)
  • Relaxar e manter uma actividade física moderada (evitar as actividades mais intensas e extenuantes)

ELIMINAÇÃO E REINTRODUÇÃO:

A dieta paleo e a sua versão mais específica, o PAI, pode ser entendida como uma intervenção numa dieta mais desregrada, abundante em calorias e pobre em nutrientes. A forma como alguns alimentos até bem tolerados na paleo normal como o tomate por exemplo, actuam no nosso organismo, dependem de muitos factores, tais como stress, sono, nível de actividade física, genética e historial de saúde. Como a dieta paleo PAI visa melhorar o estado geral do doente auto-imune elimina estes tipos de alimentos de base. É uma dieta de eliminação, concebida para cortar todos os alimentos potencialmente estimulantes da resposta inflamatória e simultaneamente abastecer-nos de nutrientes essenciais. E a melhor parte de uma dieta de eliminação, é que eventualmente, é preciso reintroduzir alimentos que tinham sido evitados.

Duração do protocolo

O ideal para reintroduzir alimentos eliminados seria esperar até à regressão total dos sintomas, mas se já se sente bem e se vê que a dieta melhorou significativamente a sua qualidade de vida, ao fim de 3 ou 4 semanas, poderá tentar algumas reintroduções. O protocolo completo para reintroduções, incluindo

Em geral, deve-se reintroduzir apenas um alimento a cada 5 a 7 dias e passar esse tempo a observar e ouvir o seu corpo para os sintomas. Os sintomas de uma reação nem sempre são óbvios, portanto, fique atento para o seguinte:
  • Se os sintomas da sua doença se agravam
  • Sintomas gastrointestinais: dor de barriga, azia, náuseas, constipação, diarreia, alteração na frequência de evacuações, flatulência, inchaço, partículas de alimentos não digeridas ou parcialmente digeridas nas fezes
  • Redução dos níveis de energia, especialmente se tiver períodos de quebra de energia da parte da tarde
  • Desejos de açúcar, gordura ou cafeína
  • Desejos de produtos não alimentares (argila, giz, terra ou areia)
  • Problemas para adormecer ou ter um sono regular, ou ainda acordar com a sensação de noite não dormida.
  • Dores de cabeça (leves a enxaquecas)
  • Tonturas
  • Aumento na produção de corrimento nasal
  • Tosse ou aumento da necessidade de limpar a garganta
  • Comichão nos olhos ou boca
  • Espirros
  • Dores musculares e/ou articulares
  • Alterações na pele: erupções cutâneas, acne, pele seca, pequenas borbulhas ou manchas, cabelo e unhas secas
  • Alterações de humor
  • Ansiedade (ou menor capacidade de gerir o stress)
O procedimento de reintrodução, sendo o mesmo que utilizado para comprovar alergias e sensibilidades alimentares, é o seguinte:
  • Seleccione um alimento a adicionar. Prepare-se para comer 2 ou 3 vezes num dia esse mesmo alimento e evitá-lo completamente por alguns dias.
  • A primeira vez que voltar a ingerir esse alimento, consuma meia colher de chá ou até menos. Espere 15 minutos.
  • Se sentir algum sintoma, não coma mais. Se não sentir nada, consuma outra colher de chá (ou pequena dentada) e espere 15 minutos.
  • Se sentir algum sintoma, não coma mais. Se não sentir nada, consuma uma colher e meia (ou uma dentada maior) e espere 15 minutos.
  • Espere 2 a 3 horas estando atento aos sintomas.
  • Agora coma uma porção de tamanho normal isolado ou como parte de refeição.
  • Não coma esse alimento nos 5 a 7 dias seguintes e não reintroduza nenhum outro alimento nesse tempo.
  • Monitorize-se para ver se há sintomas.
  • Se não sentiu nada de diferente no dia do desafio ou nos dias seguintes, pode voltar a integrar esse alimento na sua dieta normal.
É melhor não ter pressa em reintroduzir os alimentos. Quanto mais tempo espera, maior sucesso terá. A introdução do tipo de alimentos é sempre decisão sua. E a forma como se sente depois de o ingerir, é o melhor indicador e cabe a si fazer as melhores escolhas. Não se deixe influenciar por desejos. A sua decisão deve ser baseada na forma como se sente e nas melhorias que sente nos sintomas da doença.

FAQ'S PROTOCOLO AUTO-IMUNE

1 -Alimentos ricos em amido - Doentes com SIBO (aqui) têm manifestado alívio ao reduzir o consumo de alimentos mais ricos em amido. No entanto, reduzir drasticamente a ingestão de hidratos de carbono pode ser altamente stressante para quem tem perturbações de tiróide, pois pode desregular o cortisol (hormona produzida pelas glândulas supra-renais) e levar ao aumento das bactérias no intestino delgado. Os dois factores alimentares mais preponderantes para a regeneração do intestino, parece ser a ingestão intensiva de ácidos graxos omega-3 (através do consumo de peixe) e de fibras (oriundas de legumes e frutas). Se padece de SIBO, ou se tem intestino altamente sensível e irritável, deve combinar o protocolo auto-imune com uma abordagem FODMAP, durante 1 ou 2 meses.

2 - Fibras insolúveis/ folhagens verdes - enquanto a fibra insolúvel tem reputação de ser agressiva para o intestino, estudo recentes mostram que uma maior ingestão de fibra insolúvel acelera a cicatrização em situações de colite e diverticulite. Além disso, quanto maior for a ingestão de fibras insolúveis, menor será a probabilidade de alguém poder vir a ter proteína c-reactiva elevada (o que significa que elas reduzem ou previnem a inflamação). As fibras solúveis também ajudam a manter os níveis de proteína-c reactiva controlados, mas não tanto como as fibras insolúveis. As fibras insolúveis também contribuem para reduzir o risco de aparecimento de cancro e de doenças cardiovasculares. Não consigo encontrar nenhuma prova científica de a fibra insolúvel irrita o intestino e estou levada a crer de que se trata de mais um mito. Em vez disso, consigo encontrar evidências de que reduz a perda de ácido biliar (o que melhora a digestão), que contribui para a supressão da hormona grelina após as refeições, que melhora a sensibilidade à insulina e tem um efeito anti-oxidantes. Não consigo encontrar provas de que se deva limitar a ingestão de alimentos ricos em fibras insolúveis. Se reparar que nas suas fezes existem pedaços de fibras insolúveis não digeridas, mantenha o seu consumo limitado aos vegetais cozidos até regularizar.

3 - Legumes goitrogénicos para distúrbios da tiróide - mais uma vez, não se encontra nenhuma razão científica para deixar de os consumir, mas aqui está uma explicação mais pormenorizada.

4 - Fruta - muitas pessoas evitam frutas porque são ricas em açúcares. Se tem FODMAP-intolerância, é melhor evitar frutas com elevado teor de frutose. Para quem não tem esse tipo de intolerância, deve manter o seu consumo diário abaixo dos 20g de frutose/dia. O consumo moderado de fruta é recomendado no protocolo porque a fruta é uma fonte de vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes. Dependendo da fruta que escolher, e como define uma porção, pode perfeitamente desfrutar de 2-5 porções de frutas por dia e ainda ficar abaixo de 20g de frutose/dia.

5 - Ingestão de Ómega-3 - O objectivo da ingestão de Omega-3 deve ser entre 1:1 a 1:3 para ingestão de Omega-6. Ou seja, se tiver uma alimentação equilibrada, com carne de pasto, peixes e pouca carne de aves, será uma proporção equilibrada. Se ingerir mais carne de produção intensiva ou carne de aves, precisará aumentar o consumo de peixes de água fria (salmão, cavala, sardinha, arenque, anchova, truta, atum fresco, carpa). A gordura animal usada para cozinhar deve sempre vir de animais alimentados a pasto. A ingestão de ácidos graxos Omega-3 tem um papel fundamental para corrigir a disbiose intestinal. É preferível obter o seu Omega-3 vindo de peixe fresco do que de óleo de peixe. Plantas ricas em Omega-3 são predominantemente ALA (ácido alfa-linolénico) que não é tão bem aproveitado pelo organismo como o DHA (ácido docosa-hexaenoico) e EPA (ácido eicosapentaenoico) dos peixes gordos e das carnes de pasto. O aumento da ingestão de ácidos graxos Omega-3 tem demonstrado reduzir drasticamente a necessidade de recurso a AINE's em pacientes com Artrite Reumatóide.

6 - Proteína é importante - pode curar o seu corpo, limitando os seus alimentos de origem animal para peixes e mariscos, mas precisa sempre de proteína. A proteína em peixes e mariscos é mais facilmente digerível do que na carne (e a proteína da carne é mais digerível do que qualquer proteína de planta) o que pode ser relevante para pessoa com intestino severamente sensível.

7 - Legumes são importantes - não economize nos legumes. Se é uma pessoa com dificuldade em ingerir grandes porções de legumes à refeição, pode optar por smoothies, batidos ou sopas frias de legumes. Mas nunca como refeição principal, pois a mastigação tem um papel fundamental no processo da digestão.

8 - Zona cinzenta - as gemas de ovo, leguminosas com vagens comestíveis (feijão verde e ervilhas), óleo de macadâmia, óleo de noz, ghee proveniente de animais alimentados a pasto, álcool isento de glúten quando utilizado na cozedura são considerados alimentos na zona cinzenta. Sugiro omiti-los no início, mas podem ser reintroduzidos mais cedo do que outros alimentos. Produtos à base de coco inteiro (manteiga de coco, concentrado de creme de coco, creme de coco, coco fresco, flocos de coco) devem ser consumidos com moderação por serem ricos em fibra inulina e ácido fítico. Leite de coco e creme de coco devem ser isentos de goma de guar e limitado a 1 chávena/dia. Óleo de coco é bem tolerado.

9 - Isto é AIP? - Alfarroba, chá rooibos, chá preto e verde com moderação, vinagre de maçã, vinagre balsâmico, vinagre de água de coco, água de coco com moderação, extrato de baunilha (se cozido), melaço de romã com moderação, xarope de bordo e maple syrup (muito ocasionalmente), mel (muito ocasionalmente), frutas secas (muito ocasionalmente), tâmaras e açúcar de tâmaras (muito ocasionalmente), melaço (muito ocasionalmente), açúcar de cana não refinado e mascavado (muito ocasionalmente) estão bem.

Algas (chlorella, spirulina), erva de trigo (contém aglutinina de gérmen de trigo), erva de cevada, proteína de arroz integral, proteína de ervilha, proteína de cânhamo, raiz de alcaçuz (exceto DGL), aloe, chia, linhaça, substituto comercial de ovos, café descafeinado, alguns suplementos adaptogénicos (ashwagandha é um nightshade), não estão bem.

10 - Composição e Tempo de Refeição - É preferível ingerir refeições mais fartas e mais distanciadas umas das outras do que que fazer lanches pelo meio, a não ser que tenha um intestino muito danificado e que tenha dificuldade em digerir maiores quantidades de alimentos de uma só vez.
- Não deve fazer jejum intermitente, nem permanecer em cetose se tem doença auto-imune.
- Não deve forçar-se a comer.
- Evite o excesso de líquidos durante as refeições, mastigue complemente os alimentos antes de engolir e coma sem pressas.
- Evite comer nas últimas 2 horas antes de se deitar (altera os padrões do sono).
- As refeições devem ser compostas por alimentos de origem vegetal e animal dentro das directrizes acima mencionadas, incluindo uma fonte de gordura de qualidade e alguns hidratos de carbono (dentro do protocolo).
- Não existem directrizes rígidas para a proporção das refeições mas são sempre compostas por proteínas, gorduras e hidratos de carbono.
- Dentro destas linhas, coma o que o faz feliz.

11 - Suplementos úteis
- Suplementos digestivos à base de enzimas vegetais
- L-glutamina (ajuda a restaurar a barreira intestinal)
- Magnésio (se tem dificuldade em gerir o stress)
- Vitamina C (se tem dificuldade em gerir o stress)
- Probióticos
- Colagénio (para quem tem problemas de pele e/ou tecido conjuntivo)

12 - Qualidade importa (mas não é tudo) - procure as melhores origens dos seus alimentos. Mas se não puder optar exclusivamente por carne de animais alimentados a pasto, ou peixe selvagem ou produtos oriundos de agricultura biológica, faça apenas o melhor que puder. Opte por vegetais, legumes e frutas da época pois esses são mais acessíveis de comprar de origem biológica.

13 - O seu corpo é que sabe - se sabe à partida que um alimento fora do contexto paleo ou por outro lado, sendo alimento permitido no conceito paleo, mas você não o tolera, deve fazer aquilo que o seu corpo permite. Estas linhas são meramente orientadoras, mas no final deve ajustar para aquilo que o seu corpo precisa e tolera.

Fonte : https://www.thepaleomom.com/start-here/the-autoimmune-protocol/


24 de abril de 2017

Tatinhos



Estando a fazer o protocolo alimentar para auto-imunes, não posso usar a maioria dos ingredientes que se vêem na paleo para confeccionar doces ou sobremesas.


O mais limitativo para mim, é não poder utilizar ovo, nem frutos secos. Por isso, há que puxar pelos (poucos) neurónios activos! 😆


INGREDIENTES:

250g de batata doce cozida (era a que tinha)
2 colheres de sopa bem cheia de farinha de côco
1 colher de sopa bem cheia de farinha de alfarroba
1 colher de sopa bem cheia de óleo de côco (se estiver derretido, é melhor usar 2)
Canela a gosto (usei meia colher de café)
Gengibre em pó a gosto (pus meia colher de café)
1 boa pitada de flor de sal
Coco para decorar
(Se a batata doce estiver quente, deixa-se a massa arrefecer um pouco antes de moldar)

PREPARAÇÃO NA BIMBY:

Descascar a batata e colocá-la na Bimby, junto com os restantes ingredientes (excepto o côco para decorar).
Programar 30 segs/ vel 5.
Fica com a consistência espessa como na foto 2.
Retirar a massa da Bimby e moldar bolinhas.
Envolvê-las no côco ralado e colocar nas forminhas de papel.
Levar ao frio para solidificar um pouco.

PREPARAÇÃO TRADICIONAL:

Descascar e cortar a batata e reduzi-la a puré.
Numa taça, juntar a batata com os restantes ingredientes (excepto o côco para decorar).
Se tiverem Bimby, juntem todos os ingredientes no copo e programem uns segundos na vel 5.
Assim que a massa ficar com uma consistência homogénea, moldam-se pequenas bolinhas que se passam por côco ralado.
Colocam-se em forminhas de papel e vão ao frio para solidificar um pouco.



Obs: Para quem tenha maior liberdade de escolha a nivel de ingredientes, pode juntar frutos secos, ou envolver com amêndoa picada, que também deve ficar bom.




Obs 2: Sacrifiquei-me e provei logo um....só mesmo para vos mostrar o interior ;)

Espero que gostem!

23 de abril de 2017

Maçã caramelizada

Apetecia-me tanto uma sobre
mesa hoje. Enquanto fiz o jantar, tratei da dita.
É muito simples.

INGREDIENTES:

1/2 maçã descascada e cortada aos gomos
1 c café de óleo de côco
1 c café de mel biológico
1 c chá de água
Canela a gosto

PREPARAÇÃO:

Numa frigideira anti-aderente, colocar o óleo de côco, o mel e a água.
Liga-se o lume (médio) e colocam-se os gomos da maçã.
Polvilha-se com canela e deixa-se cozinhar.
Vira-se a maçã e polvilha-se de novo com canela.
Servi com uma noz de creme de côco.

Bem rápido, simples e muito eficaz!

Iscas de cebolada


Não comia muitas vezes no ano, mas é uma comida que adoro. Antes desta mudança alimentar temperava-as com vinho e usava tomate. Agora ficam um pouco mais descoloradas pela falta de temperos, mas o sabor está lá e adoro.

INGREDIENTES: 

2 iscas (era só para mim, mas ainda sobrou)
1 cebola grande
Azeite extra-virgem
Sal
2 dentes de alho
1 folha de louro
1 c.chá de vinagre de sidra

PREPARAÇÃO:

Temperar com o sal e o alho picado.
Numa frigideira anti-aderente, colocar um fio de azeite e a cebola cortada às rodelas e o louro.
Leva-se a frigideira ao lume e junta-se a carne e o vinagre.
Deixa-se cozinhar em lume brando cerca de 25/30 minutos.
Estas servi com aipo ralado e salada de canónigos.

Bom apetite!

Panquecas de banana sem ovo

Acordei com vontade de qualquer coisa doce, mas a meio caminho arrependi-me e quis salgado.

Mas fazer panquecas sem ovo é sempre um desafio pelo textura. Confesso que tenho dias em que a restrição me aborrece mas o que tem de ser, tem de ser. Não é fácil, mas consegue-se.


INGREDIENTES:

1 banana pequena e madura

1 cs de farinha de côco

2 cs de leite de côco (receita aqui)

Foto 2
Gengibre em pó

Flor de sal


PREPARAÇÃO:


Com um garfo, desfazer a banana descascada.

Juntar a farinha de côco e mexer.

Juntar o leite de côco, uma pitada de sal e de gengibre em pó.

A massa fica com uma textura espessa como na foto 2.

Aquece-se uma frigideira anti-aderente e pincela-se com óleo de côco.

Deixa-se cozinhar dos dois lados.

Eu cobri duas com presunto de Parma e outras duas com salmão fumado bio, ambos sem aditivos.

22 de abril de 2017

Viver com Fibromialgia

Como é ter Fibromialgia? 

Muita gente já ouviu falar do problema, mas continuam saber o que é e que impacto tem nas vidas de quem sofre. Talvez tenha acabado de ser diagnosticado e esteja ainda um pouco perdido. Ou talvez tenha alguém próximo com diagnóstico recente e quer perceber um pouco melhor do que se trata e de como pode ajudar a pessoa. Ouve-se muitas vezes pessoas "saudáveis" queixarem-se dos doentes com Fibro, achando que são queixinhas, que exageram, que querem chamar a atenção. Deve ser!

Seja como for, ao colocar esta questão, é melhor estar preparado para as respostas mais díspares. Isto porque a doença não se manifesta da mesma forma, com os mesmos sintomas em todas as pessoas.

No geral, a dor sentida é generalizada, intensa e duradoura. A forma como essa dor é sentida varia de pessoa para pessoa. Geralmente localiza-se em 18 pontos específicos, mas nem sempre é tão linear. Estes pontos situam-se próximos de articulações em ambos os lados do corpo e há dias em que nos sentimos tão presos como se fossemos marionetas e alguém estivesse a esticar os fios todos, impedindo-nos de nos movimentarmos.

A dor mais descrita assemelha-se a sensação de gripe com febre intensa, uma dor generalizada, constante, maçadora e terrivelmente desgastante. Como se os músculos tivessem estado sob um esforço olímpico, e isto assim que se abre os olhos. Imagine-se acordar com gripe, todos os dias e sem nada que possa aliviar?! Ainda acha que não temos razões de queixa?

Em dias de crise ou depois de periodos de stress (confesso que é o que mais me custa controlar), as dores podem não ser só de gripe, mas sim de facadas e/ou agulhadas em pontos aleatórios espalhados pelo corpo. Por vezes também acontece sentirmos que a pele se solta dos ossos. Lembro-me de há anos (depois de ter tido febre reumática) de me queixar à médica que sentia as articulações "desencaixadas". Ela olhava para mim sem saber o que dizer e também não se preocupava muito.

Seja que tipo de dor for, torna os dias muito longos e ficamos com uma sensação que eu chamo de "sensação de António Variações - só estou bem onde não estou!" Isto porque nos meus piores dias, não tenho posição nem disposição para estar em lado nenhum. Não apetece estar em casa, mas também não apetece sair. Não apetece estar na cama, mas também não me apetece fazer nada. Acredite que se parece estranho a quem está de fora, parece muito mais surreal a quem está "por dentro".

Como é viver com Fibromialgia?


Além da dor física, que já nos dá entrada directa para a Twilight Zone, ainda há que lidar com a fadiga constante. Não, aqui não há aquela conversa de "ah e tal, eu também ando cansada e não me queixo!" É um cansaço ex-te-nu-an-te! E quando digo extenuante, é do tipo, não conseguir tomar um duche sem ajuda, ou levar a escova ao cabelo, ou como me chegou a acontecer, comer de faca e garfo e levar o copo à boca. (Quando digo que cheguei ao fundo do poço, cheguei mesmo!)


Imagine o que é acordar assim, todos os dias e sem perspectiva de melhoras porque É CRÓNICO! (Coloquei as maiúsculas porque há gente que não percebe o conceito de crónico, por isso escusam de perguntar "então, estás melhor?")

Poderá pensar que por andarmos sempre tão cansadas, que chegamos à cama e conseguimos dormir profundamente. Num mundo perfeito seria assim, sim! No meu caso, quanto mais cansada estou, mais o meu cérebro parece querer fazer directas e não querer desligar. Assim, além de todo o desconforto que acumulámos durante o dia, ainda temos como companhia uma bela duma insónia.

Calcula-se a vontade que temos de sair da cama no dia seguinte, certo? Com o tempo, e sem se dar conta, passamos anos sem ter uma noite descansada e repousante. O que condiciona obviamente a nossa vitalidade e comportamento durante o dia. E é aí que entra o "brain-fog", o chamado nevoeiro mental. A memória de curto prazo fica abalada, e quando digo de curto prazo, é mesmo de curto, do género de estarmos a falar com alguém e puff...esquecemos o que estávamos a dizer. Passei algumas vergonhas, mas qd isso acontecia, fingia que tinha o telemóvel a tocar e depois quando retomava a conversa, perguntava "onde é que eu ia mesmo?" (Uma Lady nunca sai do salto!)

Passei a fazer listas e a andar com um caderninho sempre comigo. O problema é que muitas vezes me esquecia de apontar. Não é fácil apercebermo-nos que estamos com dificuldades técnicas, por isso agradecemos que nos levem a sério.

Se ainda acham que estamos a exagerar, então, lamento dizer isto mas, estão mesmo a agir de má fé.

E as emoções como ficam?

Logicamente que tudo o que foi descrito anteriormente (e acreditem que fui muito ligeirinha na abordagem), leva a um desgaste emocional enorme, a auto-estima esvai-se a passos largos. É natural que as pessoas se afastem e que sobre só a família e amigos chegados. Friso o "chegados" porque muitas vezes nem a família de casa entende. 

Emocionalmente é muito desgastante para todos e é preciso haver uma ligação de entendimento muito forte entre as pessoas. Para o doente é muito difícil aceitar as suas limitações e condicionantes, mas por outro lado, sente que não pode deixar de conviver e de socializar com os outros, Depois, e falo por mim, porque detesto me sentir dependente, evitava a todo o custo pedir ajuda, o que me provocava um desgaste ainda maior. Felizmente tenho uma filha 5 estrelas, que não esperava sequer que eu verbalizasse fosse o que fosse e largava tudo o que estivesse a fazer para me vir ajudar. Percebi que para ela também era importante sentir-se útil e que de alguma forma isso a tornava parte activa de todo o processo.

É preciso ter alguma força de vontade para levantar da cama todos os dias e tentar levar a vida o mais normal possível, e fazer-se o melhor que se pode. E não deixar que a doença domine as nossas vidas, as nossas rotinas, as nossas relações e emoções. Isso sim, é ser forte!

Só quem está deste lado, percebe a sensação de estar dentro de um corpo que já não reconhece, que não lhe pertence e não lhe obedece. Como se de repente também estivesse a descobrir o que fazer a todas as dores, a todas as emoções e a todas as consequências que esta doença nos traz.

Por isso, da próxima vez que ouvir alguém com Fibro queixar-se, lembre-se disto tudo e lembre-se que quando nos queixamos e sentimos que estamos a incomodar terceiros com os nossos desabafos, é porque o mal-estar já ultrapassou largamente a barreira do suportável.

Talvez não tenho encontrado grande sentido no que foi acima descrito, mas a verdade é que não há doentes iguais, não há dores iguais e não há dias iguais. Nunca a expressão "viver um dia de cada vez", fez tanto sentido, porque nunca sabemos como vai ser o dia seguinte e como vamos reagir a ele.

Não há soluções ideais, nem remédios milagrosos. Por isso, o melhor que pode fazer, é abraçar a pessoa e dizer-lhe "acredito em ti" e permanecer a seu lado.

21 de abril de 2017

Mimos de morango

Chamei-lhes de mimos, porque era mesmo um miminho que me apetecia.
E que bons que estão.

Tinha comprado um cestinho de morangos bio. Ao fim de 2 dias no frio, já estavam a começar a estragar-se e antes que fosse o resto, aproveitei-os todinhos!

INGREDIENTES:

300 g de morangos
1 saqueta de gelatina em pó neutra
Canela de Ceilão a gosto
Côco para cobrir


PREPARAÇÃO:

Lavam-se e retiram-se os pés dos morangos.
Trituram-se os morangos e deixa-se cozinhar em lume baixo para não ferver.
A ideia é fazer uma pequena redução de forma a não necessitar de adoçar.
Quando a mistura começar a ficar translúcida, está no ponto.
Junta-se a gelatina em pó e mexe-se bem para dissolver e não deixar grumos.

Na Bimby:

Colocam-se os morangos cortados e programa-se 7 mins/ vel. colher/ 100º.
Coloca-se a gelatina em pó e programa-se 15 segs/ vel. 4.

Entretanto pincela-se umas forminhas de silicone com óleo de côco derretido.
Preenche-se com o coulis de morango e leva-se ao frio para solidificar.
Depois de sólido, desenforma-se e decora-se a gosto.
Eu usei côco ralado.

E dá para fazer com qualquer fruta! 


Corações de coentrada

Do que eu gosto mesmo é de comer estas coisas com uma boa cebolada e bastante tomate, mas como agora não entra cá tomate, fiz com coentros. E garanto que estava 5 estrelas :D

INGREDIENTES:

500 g de corações de frango frescos
1 cebola grande
1/2 molhe de coentros
Azeite extra-virgem
Sal
2 dentes de alho


PREPARAÇÃO:

Pica-se a cebola, o alho os coentros.
Coloca-se tudo num tachinho com um fio de azeite.
Quando a cebola estiver murcha, juntam-se os corações.
Deixa-se estufar em lume brando, cerca de 25 minutos.

Bom apetite!

Creme de cogumelos

Um pouquinho cansada das sopas de legumes, apeteceu-me variar. Ao abrir o frigorífico reparei na embalagem de cogumelos e achei que ia ser mesmo isso. Creme de cogumelos!

INGREDIENTES:

350 g de cogumelos frescos
1 cebola
1 dente de alho
1 cenoura pequena
1 courgette
1 pé de cravinho
Água
Sal
Azeite extra-virgem

PREPARAÇÃO:

Pica-se a cebola e 300g de cogumelos grosseiramente.
Numa panela, deita-se um fio de azeite e o picado.
Deixa-se estufar em lume médio.
Juntam-se os restantes legumes descascados e cortados aos pedaços, assim como o cravinho.
Cobre-se com água e deixa-se cozer.
Depois de cozidos, retira-se o cravinho e tritura-se tudo muito bem com a varinha.
Se ficar espesso, junta-se mais um pouco de água.
Juntam-se os restantes cogumelos. Eu deixei cru porque gosto assim, mas podem deixar cozer.

Obs. Acho que aqui ia ficar bem um pouco de noz-moscada mas como não posso nesta fase, fica para mais tarde!



20 de abril de 2017

Esparregado

Se há comidas de que gosto, é de esparregado. Mas mais uma vez, com os ingredientes tradicionais, não o posso comer. Arranjei uma solução rápida.

INGREDIENTES:

250g de folhas de espinafres
1 c de sobremesa de farinha de mandioca
Leite de  côco caseiro q.b. (receita aqui)
2 cs de azeite
2 dentes de alho
Sal

PREPARAÇÃO:

Cozer as folhas de espinafres. Eu cozi a vapor para não perder nutrientes.
Aquecer o azeite com os alhos desfeitos e reservar.
Triturar os espinafres com o azeite e os alhos e a farinha de mandioca.
Se ficar muito espesso, juntar um pouco de leite de côco para ficar mais cremoso.
Rectificar os temperos e servir.

Obs. Esta quantidade dá para uma pessoa que não coma muito :D

Panquecas de maçã sem ovo

Para quem já me acompanha, sabe que estou a cumprir um protocolo alimentar mais restrito para doenças auto-imunes. Isento de glúten, de lactose, de sementes, de frutos secos e de ovos.

Ora cozinhar acaba por ser um desafio, ainda mais sem estes ingredientes. Hoje não me apetecia sopa de manhã nem carne e pus-me a inventar. E acho que não me saí mal.

INGREDIENTES:

1 maçã
100 ml leite de côco caseiro (receita aqui)
2 cs de farinha de côco
1 cs de farinha de mandioca
Óleo de côco qb.
Canela de Ceilão a gosto


PREPARAÇÃO:

Descasca-se e corta-se a maçã em pedacinhos.
Consistência da massa antes de cozinhar
Numa frigideira anti-aderente, coloca-se a maçã com 1 c. de café de óleo de côco e canela a gosto.
O lume tem de estar baixinho senão queima.
Se secar muito, junta-se um fio de água.
Deixar-se caramelizar.

Depois de cozinhada, reserva-se metade da maçã.
A restante, coloca-se num recipiente, com o leite de côco, as farinhas e mais um pouco de canela e tritura-se.
Se a massa ficar líquida, junta-se mais um pouco de farinha de mandioca até ficar com a consistência como na foto.

Liga-se o lume e aquece-se uma frigideira anti-aderente. (Eu fiz na crepieira para cozinhar tudo ao mesmo tempo.)
Pincela-se com um pouco de óleo de côco e com a ajuda de duas colheres fazem-se pequenos bolinhas e espalha-se na crepieira. O lume também não pode estar muito alto.
Deixa-se cozinhar de um lado e do outro e recheia-se a gosto. Numa usei a maçã que tinha de reserva e na outra usei coulis de framboesa caseiro.

Obs. Esta massa deu para 6 mini-panquecas, como na foto.

Sopa de legumes sem batata

Uma sopa cai bem em qualquer altura do dia e cá por casa não costuma faltar. Eu faço sempre uma base simples porque depois posso adicionar no prato os alimentos que eu quiser.

Esta fiz assim:

INGREDIENTES:

1 courgette descascada (não gosto da acidez da casca na sopa)
1 cebola
1 cenoura
2 ou 3 floretes de couve flor
1 dente de alho
Água
Sal e azeite
250g de folhas de espinafre

PREPARAÇÃO:

Descascar e cortar os legumes.
Colocar os legumes a cozer com sal a gosto e água a tapar os legumes.
Depois de cozidos, triturar os legumes com a varinha mágica.
Se o puré estiver muito espesso, adicionar um pouco de água quente até obter a textura desejada.
Ao mesmo tempo, colocar as folhas de espinafres.
Depois de confirmar a cozedura dos espinafres, apagar o lume e colocar um fio de azeite e mexer.